Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Promover a conscientização sobre a importância de um ambiente escolar e social seguro e acolhedor para todos, essa é a missão do Dia Nacional do Combate ao Bullying, celebrado anualmente no dia 7 de abril, que traz a oportunidade de reflexão sobre os impactos negativos desse comportamento.
A data criada em 2016, surgiu justamente da necessidade de conscientizar crianças e adolescentes, para prevenir todos os tipos de desrespeito e abuso no ambiente escolar, principalmente, pelo fato de que nos últimos anos têm se tornado corriqueiro o caso de violência nas escolas.
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Para a pedagoga, psicóloga e gestora escolar, Lorena Serqueira, o ponto chave para combater o bullying é investir nas ações de acolhimento, focando nas necessidades e potencialidades do jovem.
“Esse é o caminho que ele (vítima) possa se sentir aceito, valorizado, para que ele possa se sentir parte dessa comunidade escolar. E nós sabemos que sim, naturalmente, num ambiente coletivo, haverá diferenças, discussões, em um processo educativo de relações interpessoais”
Lorena Serqueira, gestora escolar
A especialista explica que o papel dos orientadores escolares, diretores, professores e de toda instituição educacional é justamente buscar promover essas discussões e promover reflexões que façam compreender que a humanidade existe para cuidar uns dos outros.
“Nós devemos respeitar uns aos outros, dentro das diferenças, dentro dos pontos de vista, que não é porque um outro pensa diferente de mim, age diferente, tem três jeitos que eu vou, nesse momento, julgar. Até mesmo porque eu também tenho a minha tipicidade. Eu também quero ser respeitada no mundo”, destacou Serqueira.
Apoio familiar
Parceira central do processo de acolhimento da vítima e do agressor de bullying, é a própria família, visto que alguns hábitos vem justamente deste meio.
“A gente faz essa orientação às famílias, a nossa preocupação sempre é atenção à família. Nós precisamos muito estar presentes com nossos filhos, lado a lado com eles, para saber quando muda o comportamento, quando vem aí uma tristeza”
Lorena Serqueira, gestora escolar
A especialista ressalta que as emoções e a melancolia fazem parte do processo educativo e do amadurecimento dessa criança e do adolescente e, acompanhar se existe algum comportamento que está, naquele momento, prejudicando a criança é essencial.
“Eu acredito muito no espaço escolar como um espaço de entendimento, de acolhimento, de acordos, de amizades, de discernimento nas relações. Assim, nós vamos trazendo e desmistificando a questão do bullying, compreendendo os impactos que ele gera no assunto. No aspecto social, no aspecto emocional, psicológico, é muito importante”, opinou.
Trabalhar a comunicação, o senso de aceitação e de importância familiar é o que fortalece o jovem para que ele vá para a escola também fortalecido.
“Ele sabendo identificar quando está passando por um bullying, quando não aprova aquele comportamento. Ou que também não quer ser o causador daquele comportamento para outros. Por isso, se faz necessário diálogo, a orientação e a presença constante”, concluiu a especialista.