Vívian Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Durante uma manifestação dos professores em frente à sede do governo do Amazonas, na terça-feira, 30/4, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina Rodrigues, foi empurrada por um policial militar.
Em um vídeo enviado ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, Ana Cristina repudiou a abordagem, destacando a busca pacífica por direitos trabalhistas e melhorias na educação.
“Foram nove viaturas e 30 policiais que, em determinado momento, ameaçaram algemar um trabalhador. Inclusive, eu fui empurrada por um deles. É lamentável isso. Estamos buscando, de forma pacífica, o cumprimento das leis. Queremos melhorias na estrutura das escolas e condições de trabalho dignas. A luta é contínua porque o direito dos trabalhadores está em lei e deve ser contínuo”, afirmou a representante.
Segundo Ana Cristina, a violência não condiz com os princípios de um protesto pacífico e democrático. Ela enfatizou que a intenção dos manifestantes era apenas dialogar com o governo e buscar melhorias para a educação.
“Estamos buscando melhoria na estrutura física das escolas, melhores condições de trabalho. Claro que o salário fala mais alto, mas também buscamos não só os nossos direitos, mas o direito também dos nossos alunos. A luta é contínua e vamos nos manter firmes nessa luta, porque o direito dos trabalhadores está em lei e deve ser contínuo”, enfatizou a presidente.
O fato
No protesto convocado pelo Sinteam a polícia ameaçou algemar um professor, conforme exposto pela presidente da categoria, que teria tentado intervir a ação. O resultado foi um empurrão por parte de um policial. Imagens do ocorrido foram divulgadas nas redes sociais.
Durante os discursos, os professores denunciaram a situação das escolas, abordando desde problemas estruturais até a falta de materiais básicos para os alunos.
Entre as demandas dos trabalhadores da educação, estão reajuste salarial de 20%, cumprimento de progressões (evolução na carreira), e tempo de serviço, aumento do vale-alimentação e do auxílio-localidade, além da melhoria das condições estruturais das escolas e o cumprimento da legislação que limita a quantidade de alunos por sala de aula.
A reportagem entrou em contato com a assessoria do Polícia Militar e aguarda pronunciamento oficial.