Redação Rios
EUA – O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse no domingo, 14/7, ser um milagre estar vivo depois de ser vítima de um atentado durante comício em Butler, Pensilvânia, no dia anterior.
Ele concedeu sua primeira entrevista ao jornal New York Post a bordo de seu avião particular a caminho de Milwaukee para a Convenção Nacional do Partido Republicano.
“O médico no hospital disse que nunca viu nada parecido, ele chamou de milagre”, disse Trump. “Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto”. O ex-presidente acrescentou que o médico do hospital local disse a ele que nunca viu alguém sobreviver após ser atingido por um tiro de AR-15.
Segundo o jornal, que não teve autorização para fazer fotos do ex-presidente, Trump estava usando uma bandagem branca grande e solta que cobria sua orelha direita, atingida pelos disparos.
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O atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, atirou várias vezes de um telhado com um fuzil AR-15, antes de ser “neutralizado” por agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos.
Atirador
Lembrado como um homem quieto e solitário, ele não tinha histórico de problemas mentais, nem demonstrava firmes convicções políticas em postagens nas redes sociais. O FBI afirma que ele agiu sozinho e investiga a motivação do crime.
Trump chegou no domingo a Milwaukee para a convenção que deve confirmá-lo como candidato à presidência pelo partido Republicano, na eleição em que deve enfrentar o atual presidente dos EUA, Joe Biden, em novembro.
Ainda de acordo com o jornal, Trump disse que estaria morto se não tivesse virado levemente a cabeça para a direita para ler um gráfico sobre imigrantes irregulares. Naquele instante, o tiro arrancou um pequeno pedaço da sua orelha e espirrou sangue na sua testa e bochecha.
Ele acrescentou que enquanto os agentes do Serviço Secreto o levavam para fora do palco, ele ainda queria continuar falando com os apoiadores, mas os agentes disseram que não era seguro e que eles tinham que levá-lo para o hospital. O ex-presidente elogiou a atuação dos agentes antes de desabotoar sua camisa para mostrar um grande hematoma no seu antebraço direito.
“Os agentes me empurraram tão forte que meus sapatos caíram, e meus sapatos são apertados”, disse com um sorriso.
O ex-presidente também comentou sobre a foto tirada instantes depois que o tiro atingiu a sua orelha: “Muitas pessoas dizem que é a foto mais icônica que já viram. Elas estão certas e eu não morri. Geralmente você tem que morrer para ter uma foto icônica”.
O republicano disse que o episódio o fez mudar seu discurso já escrito para a próxima quinta-feira, 18/7, quando ele deve receber oficialmente a indicação do partido para ser candidato à presidência novamente. “Eu tinha preparado um discurso extremamente duro, realmente bom, todo sobre a administração corrupta e horrível. Mas joguei fora”.
“Eu quero tentar unir nosso país”, disse sobre o novo discurso que estaria sendo escrito. “Mas eu não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas”.
*Com informações da Agência Estado