Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O presidente da Assembleia de Deus no Amazonas (Ieadam), pastor Jonatas Câmara, divulgou comunicado em que pressiona pastores e outros membros da igreja a votarem em David Almeida, (Avante), candidato a reeleição para Prefeitura de Manaus.
Segundo o pastor, será necessário “multiplicação dos votos” e orienta os membros da Assembleia de Deus a realizarem propaganda para David neste segundo turno, com divulgação de material de campanha nas redes sociais, ajustes das fotos de perfis, além de conversar e fidelizar, no mínimo, quatro pessoas por dia. Tais pedidos podem ser caracterizados como assédio eleitoral.
O pastor também marcou um encontro com os fiéis em que todos devem comparecer com roupas nas cores da bandeira do Brasil para declarem apoio ao candidato David Almeida.
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A igreja conta com três mil templos em todo o Estado, são 2.179 pastores, e um número geral de membros estimado em 300 mil pessoas. Manaus ainda é a cidade que concentra a maior quantidade de templos e membros.
Entenda o assédio eleitoral;
O assédio eleitoral, frequentemente realizado por indivíduos em posições de autoridade para pressionar os funcionários e subordinados a votarem em candidatos específicos, é um crime previsto nos artigos 299 e 301 do Código Eleitoral.
De acordo com o advogado, mestre e doutorando em Direito, e membro do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB Nacional), Anderson Fonseca, o assédio eleitoral pode se manifestar em diversos contextos, como “dentro de casa, nas escolas e universidades, no local de trabalho e até mesmo em igrejas”.