Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Geinara Barros, de 41 anos, moradora da comunidade rural de São Benedito de Urucarazinho, no município de Urucurituba, a 298 quilômetros de Manaus, ainda aguarda desde o último final de semana a chegada de um helicóptero para levá-la ao hospital do município de Boa Vista do Ramos.
O caso da paciente já está na ouvidoria da Defesa Civil do Amazonas.
Paulo Lamego, militante e ativista das causas sociais pelos direitos humanos das pessoas com deficiência, inclusão, igualdade e respeito, encaminhou nesta sexta-feira, 18/10, um pedido de socorro de resgate a Defesa Civil estadual alegando que Geisinara encontra se em situação de risco de morte.
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No pedido, ele diz que o resgate só pode ser feito via aérea (helicóptero), na comunidade São Benedito de Urucarazinho, pois a comunidade está completamente isolada devido a seca.
“A cidadã necessita de cuidados médicos urgente, ela tem 41 anos, é mãe de criança de seis anos, têm obesidade mórbida, dificuldade de
locomoção, se encontra acamada, com dificuldades respiratórias, com suspeita de pneumonia”, relata Lamego.
Ele conta que no dia 12 deste mês buscou socorro para a moradora da zona rural e somente no dia 15/10 houve mobilização.
“No dia 14 entramos em contato com a ouvidoria da defesa civil estadual relatando a situação, já que não foi possível contatos com as autoridades municipais. No dia 17/10 houve uma tentativa de resgate por meio de helicóptero, todavia, não foi possível concluir a operação em decorrência da obesidade da paciente,e capacidade da aeronave para transportar a paciente e seu acompanhante”, explicou.
De acordo com o ativista social, no dia do resgate não foi informado o modelo da aeronave. Segundo a paciente, lhe foi dito que seu transporte deve ocorrer em outra aeronave, ficando a cargo da secretaria estadual de saúde a tomada das providências.
“Até o presente momento, 18/10, nada aconteceu, a situação do estado de saúde dela se agrava a cada dia. Nos dirigimos ao governador do estado para mandar um helicóptero com capacidade para realizar esse resgate, que vai além da obrigação do poder público, o que importa de verdade é a vida humana que pode ser perdida por falta de atendimento”, consta no documento encaminhado a ouvidoria da Defesa Civil do Estado.
O documento de pedido de socorro também foi enviado para o Ministério Público do Amazonas (MPAM), Defensoria Pública (DPE-AM), Força Aérea Brasileira (FAB), além de ser divulgado em veículos de Imprensa.
Há quatro dias, o portal RIOS DE NOTÍCIAS entrou em contato com a assessoria do governo para atualizar o caso, mas não houve retorno. Também entrou nessa sexta-feira, 18, em contato com a Defesa Civil do Amazonas e aguarda resposta. O espaço segue aberto.