Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A juíza Themis Catunda de Souza Loureiro decidiu, nessa segunda-feira, 28/10, que o pedido de revogação da prisão temporária de Marcos Vinícius Mota da Silva, de 18 anos, Pedro Henrique Baima e Enrick Benigno Lima, ambos de 20 anos, conhecidos como ‘Bonde dos Mauricinhos’, seja submetido durante o expediente ordinário que estará em funcionamento nesta terça-feira, 29, após o retorno do recesso judiciário.
Ainda pela determinação da juíza plantonista, os mandados de prisão dos jovens só poderão ser cumpridos após às 23h59min desta terça-feira quando encerra o período de restrição eleitoral.
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O Código Eleitoral (Lei n° 4.737/1965) estabelece que nenhuma autoridade pode prender ou deter eleitor no período de cinco dias antes e 48 horas após o encerramento da eleição, exceto em flagrante delito, cumprimento de sentença criminal por crime inafiançável ou desrespeito a salvo-conduto.
Então como o segundo turno das eleições ocorreu no último domingo, 27/10, os mandados de prisão expedidos só poderão ser cumpridos na quarta-feira, 30/10.
No domingo de eleição, 27, o trio teve parecer favorável do Ministério Público do Amazonas para a revogação de suas prisões. O Portal RIOS DE NOTÍCIAS entrou em contato com o órgão que informou por meio de sua assessoria que, “o despacho foi assinado, durante o plantão no final de semana, pelo promotor Daniel Leite, mas o processo encontra-se sob sigilo”.
No entendimento da juíza Themis Catunda, ao levar em consideração que a restrição eleitoral suspende o cumprimento dos mandados de prisão, qualquer pedido de revogação da medida cautelar não apresenta urgência justificável.
Bonde dos Mauricinhos
O delegado Cícero Túlio, titular do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), está a frente deste caso que envolve filhos de empresários com alto poder aquisitivo em Manaus.
O ‘Bonde dos Mauricinhos’ ganhou repercussão nacional e viralizou na última semana após os suspeitos aparecerem em vídeos ostentando armas de fogo em carros de luxo, realizando disparos, ateando fogo em áreas de vegetação e agredindo pessoas em situação de rua pela cidade.
A ação dos jovens causou indignação da opinião pública que tem questionado nas redes sociais.