Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A empresa estatal chinesa China Nonferrous Mining Co., Ltd. (CNMC) não comprou a maior reserva de urânio do Brasil. A informação falsa foi amplamente difundida pela imprensa nacional, personalidades e políticos. Na verdade, uma mina que produz estanho foi adquirida pela empresa estrangeira.
Por meio de nota enviada ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, a Secretaria de Estado de Energia, Mineração e Gás (Semig) destacou que a mina do Pitinga, localizada no município de Presidente Figueiredo, a 107 quilômetros de Manaus, não extrai urânio. Alguns veículos de imprensa divulgaram a informação e a corrigiram.
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As atividades mineradoras na região já existem desde 1969 e hoje geram cerca de 2 mil empregos diretos no município, com a extração de cassiterita (minério de estanho), tantalita e columbita. Há 10 anos a empresa havia sido vendida para a empresa peruana Minsur.
O minério de estanho é extraído do mineral cassiterita. O estanho possui aplicabilidade versátil e não tóxico que desempenha um papel fundamental na aplicação de tecnologias ecológicas e ajuda a combater a poluição. A Taboca produz a marca MAMORÉ, registrada na bolsa de metais de Londres (LME).
A Indústrias Nucleares do Brasil (INB), empresa estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia, possui o monopólio da produção e comercialização de materiais nucleares no país. Qualquer urânio que seja potencial subproduto no Brasil só pode ser produzido em parceria com a INB.
O Amazonas arrecadou cerca de R$ 15,6 milhões, de janeiro a outubro deste ano, por meio da atividade desenvolvida na mina de Pitinga. Anunciada pela Mineração Taboca na última terça-feira, 26/11, a empresa foi comprada pela estatal chinesa por US$ 340 milhões .