Redação Rios
MANAUS (AM) – Um servidor do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) foi preso durante realização da 5ª fase da Operação Greenwashing, da Polícia Federal, nessa quinta-feira, 19/12.
Responsável pela gerência de controle florestal, o investigado tentou impedir o cumprimento das medidas cautelares determinadas pela 7ª Vara Ambiental e Agrária da Justiça Federal no Amazonas, relacionadas à terceira fase da operação, deflagrada no último dia 9.
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A PF apurou que o servidor, integrante de organização criminosa instaurada no órgão ambiental, recebia propinas para omitir fiscalizações e acelerar processos de licenciamento em áreas indevidamente apropriadas, favorecendo diretamente a grilagem de terras.
Na terceira fase da operação, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, foram encontrados R$ 20.000 em espécie escondidos em uma caixa de telefone celular.
Além disso, já tendo tomado ciência da ação policial após despachar sua bagagem, o indivíduo decidiu não embarcar no voo que o levaria de volta a Manaus, na tentativa de frustrar o cumprimento das medidas judiciais.
Diretor afastado
O diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, foi afastado do cargo após a Polícia Federal (PF) deflagrar a Operação Expurgare no dia 9/12. A operação foi realizada nos estados do Amazonas, Pernambuco e Rondônia.
De acordo com a PF, a organização criminosa contava com a participação de servidores em cargos estratégicos e de direção no Ipaam. A Polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão relacionado à superintendente de Agricultura e Pecuária no Amazonas, Dionísia Soares Campos, filha do Deputado Estadual Sinésio Campos (PT).
Em nota, o Governo do Estado do Amazonas afirmou que está à disposição para prestar as informações necessárias e auxiliar as autoridades no esclarecimento dos fatos.
*Com informações da assessoria