Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O acesso à saúde pública é um direito fundamental de todo cidadão brasileiro, especialmente quando se trata de crianças e adolescentes. No entanto, o Centro de Atendimento Integral à Criança (Caic) Alexandre Montoril, localizado na rua Cel. Ferreira de Araújo, no bairro Petrópolis, zona Sul de Manaus, está com suas atividades suspensas há mais de quatro anos, gerando grande preocupação na comunidade.
Ramon Costa, morador do bairro Petrópolis, procurou o Portal RIOS DE NOTICIAS para denunciar a situação da unidade de saúde. De acordo com ele, o Caic foi fechado durante a pandemia da Covid-19 e, embora tenha passado por uma reforma entre 2022 e 2023, que parece já ter sido concluída, até o momento o local não foi reaberto para atender a população.
“Já faz mais de um ano que a reforma foi concluída, mas até agora não há previsão de reabertura. Infelizmente, a grande demanda que o Caic deveria atender está sendo deslocada para outros hospitais da cidade, especialmente para o Hospital da Criança, aqui no Pan da Codajás”, lamentou Ramon.
O morador também relembrou um episódio ocorrido no início de junho deste ano, quando moradores da região realizaram uma manifestação exigindo a reabertura da unidade. Durante a manifestação, uma família foi encaminhada do Hospital da Criança para o Caic, mesmo com a unidade estando fechada há tanto tempo.
“É o atendimento básico que toda criança merece, e precisa desse atendimento urgentemente aqui na nossa cidade. E, com esse período de chuvas e mudança de clima, a demanda nos hospitais tem sido muito alta, gerando transtornos e sobrecarga para as nossas famílias”, destacou Ramon Costa.
A REPORTAGEM entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) para obter um posicionamento oficial sobre o caso. Em resposta, a SES-AM informou, por meio de nota, que a obra de reforma do Caic Alexandre Montoril tem previsão de encerramento para maio de 2025. A secretaria também afirmou que o processo licitatório para a compra da mobília da unidade já está em andamento.
A situação segue preocupando os moradores da área, que aguardam uma solução urgente para o retorno dos atendimentos essenciais para as crianças e adolescentes da região.