Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, foi condenado a 36 anos, seis meses e sete dias de reclusão em regime fechado, na noite dessa quarta-feira, 9/4, durante julgamento realizado no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, em Manaus.
A sentença foi proferida pelo juiz Diego Daniel Dal Bosco, da 1.ª Vara do Tribunal do Júri, que acolheu a denúncia do Ministério Público do Amazonas (MPAM), representado pelos promotores Marcelo Bitarães e Leonardo Tupinambá. Clemilson foi condenado por homicídio qualificado, por motivo torpe e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A vítima, Adriana Monteiro da Cruz, foi assassinada em 8 de julho de 2017, por volta das 21h45, na rua Herculano de Souza, conjunto Amazonino Mendes, bairro Novo Aleixo, zona Norte de Manaus.
Relembre o caso
Segundo a denúncia do MPAM, Adriana foi morta a tiros por engano. Os executores, Mardson de Oliveira Serrão e Rodrigo Pereira da Silva, agiram sob o comando de Clemilson e Alexsandro Campos da Costa. O verdadeiro alvo seria a irmã de Adriana, mas por erro na identificação, os criminosos acabaram assassinando a vítima.
Durante o processo, os outros três envolvidos — Mardson, Rodrigo e Alexsandro — morreram, o que levou à extinção da punibilidade dos mesmos.

Histórico criminoso
Clemilson dos Santos Farias já havia sido condenado anteriormente por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Ele é casado há 13 anos com Luciene Barbosa Farias, conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, que ficou nacionalmente conhecida após se reunir, em 2023, com representantes do Ministério da Justiça, em Brasília.
Ambos foram condenados no mesmo processo por crimes ligados ao narcotráfico. Luciene recebeu pena de 10 anos de reclusão, enquanto Clemilson foi sentenciado a 31 anos e sete meses. Em janeiro deste ano, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) determinou o cumprimento imediato das penas em regime fechado.