Gabriela Brasil – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O fenômeno do wakeboard no Brasil, o indígena Jair Paulino, de 18 anos, também conhecido como Jajá do Wake, fez história ao ser o primeiro atleta amazonense a vencer uma etapa do Brasileiro de Wakeboard em casa. O novo desafio agora é ganhar a última etapa da competição.
Jajá e outros dois competidores disputam a terceira e última etapa do Brasileiro que acontecerá em Brasília. Para ele, a experiência de ser o primeiro amazonense a conquistar a vitória em uma etapa do Brasileiro é “muito gratificante”. O atleta concedeu entrevista ao programa Esporte Rios, da rádio RIOS FM 95,7.
“Nenhum amazonense tinha ganhado ainda uma etapa do brasileiro. Então, a galera ficou bem louca. Todo mundo ficou bem feliz e eu mais ainda. Agora estou no Top 3 e em setembro vai ter a última etapa do brasileiro. Está tudo empatado, se eu ganhar eu levo o ranking do ano”
Jajá do Wake, atleta
O atleta também obteve o título de vice-campeão do Mundial de Wakeboard com apenas 17 anos. O campeonato ocorreu na Itália em 2022. “Em 2021 fui morar em São Paulo. Então, treinei. Em 2022 fui para a Itália e fui vice-campeão mundial”, afirmou.
O Campeonato Mundial de Wakeboard deste ano acontece em Portugal, entre os dias 31 de agosto a 3 de setembro. De acordo com Jajá, ele deve viajar no final do mês para São Paulo com o objetivo de se preparar para a competição com o treinador Marreco, um dos melhores do Brasil.
“É como se fosse um acampamento de wake. Quando eu tinha oito anos de idade eu ganhei o DVD do Marreco, e pensei ‘um dia quero treinar com esse cara’, e em 2021 aconteceu. Para mim agora é um segundo pai”
Jajá do Wake, atleta
História
Jair Paulino é da etnia Carapanã, do Rio Negro, e sua história com o wakeboard iniciou quando tinha apenas cinco anos. Sem ter uma prancha específica de wakeboard, ele precisou improvisar com os instrumentos que já possuía.
“Como eu sou ribeirinho, eu sempre via a galera passando na minha frente, então surgiu o interesse de praticar o esporte”
Jajá do Wake, atleta
Assim, ele pegou um tênis e aderiu o sapato, com uma parafusadeira, na superfície de uma prancha emprestada de um amigo e utilizou também o motor de pesca do pai. No entanto, a paixão por querer ser profissional surgiu aos oito anos de idade.