Gabriela Brasil – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A Associação dos Magistrados do Amazonas (Amazon) defendeu que a atuação do magistrado Carlos Henrique Jardim da Silva seguiu o “cumprimento de seus deveres funcionais”. Ele presidiu o julgamento em que o promotor é acusado de comparar a advogada Catharina Estrella com uma cadela.
Em nota, divulgada nesta quinta-feira, 14/9, a Amazon afirmou que o juiz Carlos Henrique agiu no limite de suas atribuições legais e permitiu que as partes procedessem no “livre exercício do contraditório e da defesa plena”.
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“Repelindo quaisquer excessos, preservando, assim, a dignidade e decoro para a perfeita realização do julgamento dos acusados pela tentativa de homicídio contra uma jovem mulher”, destacou a Associação.
A Associação dos Magistrados do Amazonas também ressaltou ter confiança na atuação do juiz Carlos Henrique e destacou que o magistrado se “manterá firme na atuação em defesa das prerrogativas dos magistrados do Amazonas”.
Entenda o caso
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o promotor Walber Nascimento rebatendo as acusações da advogada Catharina Estrella de que teria realizado ofensas contra ela. No entanto, complementa que no quesito “lealdade”, ele não poderia comparar a advogada com uma cadela, pois o animal seria mais leal.
“Comparar vossa excelência a uma cadela é, de fato, ofensivo, mas não à vossa excelência e sim à cadela”, disse o promotor Walber Nascimento.
Nas redes sociais, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Jean Cleuter, publicou um vídeo ao lado da advogada e declarou defesa a ela. Nas imagens, Catharina afirma que foi ofendida em seu trabalho e que o juiz “nada fez para impedir”.
“Hoje fui ofendida no meu trabalho. O juiz nada fez para impedir, então aqui está a nossa classe mostrando a unidade e pedindo respeito para que isso não ocorra com outra advogada. Eu não precisava passar por isso no exercício da minha profissão”
Catharina Estrella, advogada