Redação Rios
BRASÍLIA (DF) – Imagens das câmeras do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto foram divulgadas gravadas no dia 8 de janeiro, neste domingo, 23/4, pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI). As gravações mostram centenas de pessoas que invadiram e vandalizaram a sede do Poder Executivo.
As imagens estavam sob sigilo por fazer parte de inquérito policial que investiga os ataques antidemocráticos, mas trechos delas foram divulgadas pela CNN. Na sexta-feira, 21/4, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, determinou a quebra do sigilo das imagens para envio à investigação que está em andamento no STF.
O então ministro-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, pediu demissão depois de aparecer nas imagens junto com outros funcionários da pasta, no momento em que os vândalos invadiam o Palácio. Pelo menos nove desses servidores foram identificados pelo próprio GSI.
Alexandre de Moraes determinou que todos eles fossem ouvidos pela PF no prazo de 48 horas. A Polícia Federal está colhendo neste domingo, 23/4, os depoimentos. Dias já prestou seu depoimento antes do fim de semana.
Em nota divulgada no dia 19, o GSI, informou que os agentes estavam buscando evacuar o quarto e o terceiro piso para concentrar os invasores no segundo andar, onde foram presos depois da chegada da Polícia Militar do Distrito Federal.
Na nota, o GSI informou ainda que as ações dos agentes da pasta no dia da invasão estão sendo investigadas e, caso sejam comprovadas condutas irregulares, eles serão responsabilizados.
CPMI
Na entrevista de sexta-feira, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha afirmou que o governo está aguardando a instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas de 8 de janeiro para montar sua estratégia.
“O que eu sinto, tanto na Câmara quanto no Senado, desde o dia 8 de janeiro, é uma ampla maioria que rechaça os atos terroristas do dia 8. O Legislativo foi atacado, foi invadido, foi violentado. Quem praticou aqueles atos terroristas não queria reconhecer a eleição do presidente da República, mas também não queria reconhecer o papel do Congresso”.
Segundo ele, a CPMI terá o papel de desmontar “uma teoria conspiratória absurda de que as vítimas” foram as responsáveis pelos atos terroristas. Padilha acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de ser “responsável moral, espiritual e organizativo” pelos atos.
O ministro disse que tanto a PF quanto a CPMI vão atrás daqueles que financiaram, planejaram e mobilizaram e também dos servidores que possam ter auxiliado os invasores dentro do Palácio do Planalto.
*Com informações da Agência Brasil