Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Os influenciadores Lucas “Picolé” e Isabelly Aurora tiveram a prisão revogada, sob acusação das rifas ilegais, após decisão da juíza Aline Kelly Lins, da 4ª. Vara Criminal da capital. Ambos foram presos durante a ‘Operação Dracma’, realizada pela Polícia Civil do Amazonas, que investigava um esquema criminoso de fraudes e lavagem de dinheiro.
João Lucas da Silva Alves, conhecido como Lucas “Picolé’ foi detido em junho acusado de esquema criminoso de fraudes e lavagem de dinheiro, ele teve a prisão preventiva revogada por esse caso. No entanto, a prisão foi revertida para medidas socioeducativas. Porém, “Picolé” continua preso pelo crime de tráfico de drogas, após ser detido em flagrante com entorpecentes.
A decisão, tomada pelo tribunal local, baseou-se no argumento de que os “supostos crimes” cometidos por “Picolé” não representam uma ameaça à sociedade.
De acordo com o advogado do influencer, a natureza dos crimes em questão foi crucial para a revogação da prisão. A análise do tribunal considerou que a não violência dos delitos e a inexistência de provas sólidas o qualificam para aguardar seu julgamento em liberdade.
“O que fundamentou esse encarceramento não existe mais os fundamentos para permanecer, pois os réus não representam riscos a sociedade. Os crimes, em tese, cometidos são sem violência, sem grave ameaça. Isso tudo não fundamenta uma prisão“, disse o advogado Vilson Benayon.
Já a influenciadora Isabelly Aurora que também foi alvo da operação, teve a prisão domiciliar concedida em julho.
Os dois terão que cumprir algumas medidas cautelares, como comparecer em juízo todo primeiro dia útil do mês e permanecer em Manaus, sendo proibidos de fazer publicações relacionadas a sorteios, rifas ou jogos de azar, além de não poderem comentar sobre o processo nas redes sociais. Além de cumprir com medidas educativas.
Como funcionava
De acordo com as investigações policiais, a dupla de influenciadores utilizava as redes sociais para aplicar golpes, realizando sorteios clandestinos de prêmios. O dinheiro arrecadado era destinado à compra de carros de luxo, que eram anunciados por eles em suas redes sociais através de rifas.
Os vencedores dessas rifas eram frequentemente amigos e conhecidos dos influenciadores, resultando na volta dos veículos para eles após os sorteios. Segundo as investigações, o esquema fraudulento levantou cerca de R$ 5 milhões para os influenciadores.
Outros investigados
Na mesma linha, na semana passada já havia sido revogada a prisão de Flávia e Paulo Vítor, resultando na libertação dos réus envolvidos na Operação.
No final da instrução criminal, Benayon afirmou que vai provar a inocência de todos os acusados, alegando que a operação foi “desastrosa e ilegal”, baseada em falta de provas concretas e suficientes para sustentar uma sentença condenatória
*Com colaboração de Vívian Oliveira