Redação Rios
Três projetos do Norte e três do Nodeste se destacam como finalistas no prestigiado Lab Narrativas Negras, uma iniciativa da Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) com o patrocínio do Amazon Studios e Prime Video. Bahia, Pernambuco, Amapá, Pará e Amazonas lideram o caminho, sendo os Estados de origem dos projetos.
A Bahia se destaca com “Mares”, uma narrativa seriada de Matheuzza, e “Olho D’água”, um longa de Safira Moreira. Pernambuco contribui com “Só mais uma mãe”, um longa dirigido e roteirizado por Letícia Simões.
Do Amapá, surge “Celas Esquecidas”, uma animação de Bianca Façanha. O Pará apresenta “Nas Ondas do Rádio”, dirigido por Lu Peixe. O projeto convidado “O segredo de Sikán” ganha vida no recôncavo baiano, uma coprodução MG e BA, com direção de Everlane Moraes, produção executiva de Fernanda Vidigal e roteiro de Renata Martins, Jaqueline Souza e Tatiana Monge.
O Amazonas traz “Para Ver o Futuro”, título provisório, dirigido por Keila Sankofa, com produção de Sarah Pimentel.

O Lab Negras Narrativas, centrado na tríade de diretores, roteiristas e produtores negros, oferece, ao longo das fases até dezembro de 2023, masterclasses, workshops nacionais e internacionais, consultorias especializadas, apoio financeiro, aulas de línguas, além de suporte psicológico e terapias integrativas, consolidando-se como um impulso essencial para o crescimento do cenário audiovisual negro no Brasil.
Inscrições na LNN
A 5ª edição do Lab Narrativas Negras contou com 206 inscrições, delas 194 foram válidas. Participaram projetos de 21 Estados, das cinco regiões do país, com ampla participação de afiliados da APAN, que correspondem a 56% das inscrições recebidas. Distribuindo pelas categorias, foram inscritos 82 longas, 71 curtas e 41 narrativas seriadas.
Projetos selecionados na 2ª Fase – Curtas
Celas Esquecidas- Bianca Façanha (AP)
Nas Ondas do Rádio – lu peixe (PA) e Tayana Pinheiro (PA)
Para Ver o Futuro (título provisório) – Keila Sankofa (AM) e Sarah Pimentel (AM)
Longas
Cajado Filho – O Homem que Inventou a Chanchada – George Ferreira (RJ) e Sombra Ribeiro (PA)
Olho d’Água – Safira Moreira (BA) e Flavia Santana (BA)
Perto da Meia-Noite – Maick Hannder (MG) e Jacson Dias (MG)
Só mais uma mãe – Letícia Simões (PE) e Thiago Macêdo Correia (MG)
Narrativas seriadas
Mares – Matheuzza (BA) e Tayla Candido (BA)
Projeto convidado
O Segredo de Sikán – Everlane Moraes (BA) e Fernanda Vidigal (MG)
Sobre a Apan
A Associação de Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) emerge como um verdadeiro Quilombo do Audiovisual e do Cinema Negro, dedicada a fortalecer a presença negra nesse setor. Seu compromisso vai além da produção cinematográfica, buscando transformar a percepção social sobre a negritude, enfrentando o racismo estrutural e fomentando construções coletivas.
Com mais de 950 associados, entre pessoas físicas e jurídicas, a APAN destaca-se como uma voz representativa, articulando interesses em âmbito nacional e internacional. Sua atuação abrange toda a cadeia produtiva audiovisual, desde a concepção até a exibição, com o pilar central sendo a valorização da negritude e a defesa de uma perspectiva inclusiva.
Ao pautar seus interesses diante de órgãos públicos, fundações e empresas privadas, a APAN demonstra um compromisso sólido em promover uma indústria audiovisual mais diversificada e justa, construindo um legado significativo na luta pela equidade racial.
Sobre o Lab Negras Narrativas
Elaborado desde o primeiro Seminário do Audiovisual Negro, em 2016, o LNN tornou-se parte integrante do Festival Internacional do Audiovisual Negro do Brasil – FIANB, em 2020. Hoje tem um calendário próprio e compartilha dos objetivos de criar redes, fortalecer parcerias e impulsionar profissionais do audiovisual negro brasileiro, prezando pela diversidade de formato, gênero e de território.
*Com informações da assessoria