Vívian Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O prefeito David Almeida (Avante) lançou, nesta segunda-feira, 27/11, programas de moradia e de melhorias para mais de 4 mil famílias de baixa renda. O evento aconteceu no auditório da Prefeitura de Manaus, Compensa, zona Oeste da capital.
O programa Morar Melhor vai beneficiar 4 mil famílias, além da construção de 4.680 moradias da prefeitura contratadas pelo Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
Com objetivo de realizar melhorias em moradias de famílias de baixa renda que vivem em assentamentos urbanos informais, a meta do Morar Melhor é contemplar 1,2 mil residências ainda este ano. Os serviços de melhoria incluem a reforma completa nas estruturas, como troca de piso, portas e janelas, reforma de banheiro, entre outras.
O prefeito anunciou durante o lançamento do Programa ‘Morar Melhor’ nesta segunda-feira, 27/11, a destinação de um adicional de R$ 67 milhões para enfrentar desafios relacionados às encostas da cidade.
“As chuvas estão chegando e vamos ter problemas. Imagina, quando assumi, a maior crise sanitária da história mundial se abateu sobre o planeta. E não teve uma cidade no mundo que sofresse mais do que Manaus sofreu. Nossa capital foi a mais impactada. Logo depois, tivemos a maior de todas as enchentes da história. Em seguida, as queimadas. Manaus fez o seu dever de casa”, disse David Almeida.
Os esforços se estendem além da construção de novas moradias. O prefeito também mencionou a regularização fundiária de 5.000 títulos, segundo ele, um marco histórico para Manaus.
Além disso, a parceria com a Polícia Federal foi revelada, resultando na construção de 50 casas de madeira, utilizando materiais apreendidos. “Há um mês, a Polícia Federal conseguiu alguns contêineres de madeira. Jesus [Alves] já pegou essa madeira e já trouxe para cá. A Semhaf e a Semulps já estão trabalhando juntos. Com essas madeiras, nós vamos construir 50 casas”, destacou.
O evento contou com a presença do secretário Municipal de Habitação e Regularização Fundiária (Semhaf), Jesus Alves, e do senador Eduardo Braga, além de outras autoridades.
O Programa
O titular da Secretaria Municipal de Habitação e Regularização Fundiária (Semhaf), Jesus Alves, abordou a situação socioeconômica do país e destacou que o programa visa de enfrentar o déficit habitacional da capital.
“De acordo com um estudo feito pela Universidade de Economia de Paris, o Brasil está entre os três países que mais tem desigualdade no mundo, com 1% da população sendo detentora de 48,5% por cento de todos os bens desse país. Se a gente for dividir isso em renda, 60% da renda do nosso país está na mão de apenas 40%, batendo com os números são apresentados pelo IBGE”, informou.
O secretário revelou que o diagnóstico inicial indicou mais de 30 mil habitações precárias em Manaus, afetando cerca de 52 mil pessoas em áreas de risco. Explicou que, em menos de seis meses, a secretaria já regularizou quase 5 mil unidades habitacionais.
O programa contempla 4.680 unidades habitacionais, com investimento da prefeitura na compra de terrenos de qualidade superior. O processo de seleção de empresas para a construção das unidades habitacionais será iniciado em breve, e a entrega está prevista para o curto prazo.
Além disso, anunciou o Programa Morar Melhor, que visa melhorar as condições de habitações já existentes. Neste ano, cerca de 1.200 famílias serão beneficiadas, com intervenções programadas para Colônia Antônio Aleixo, Puraquequara e São José.
Segundo Jesus Alves, o programa busca não apenas fornecer moradias, mas também promover dignidade e melhorias nas habitações existentes.
Compromisso com habitação popular
O senador Eduardo Braga (MDB) estava presente na solenidade de lançamento e foi destacado como peça-chave, tendo contribuído para a obtenção de recursos.
Em seu discurso, o parlamentar destacou a importância do lar próprio, ressaltando que em momentos de desemprego, doença ou luto, é na casa que as famílias encontram abrigo. Observou, contudo, que muitos ainda vivem em condições precárias. Citou casos de casas improvisadas sobre bueiros, com estruturas comprometidas, e relatou situações de negligência em saúde devido à falta de cirurgias eletivas.
“São mais de 4 .500 unidades habitacionais novas. São 3.680 moradias para queles da faixa 1, que são aqueles mais humildes, e 1.000 unidades para a área de calamidade”, ressaltou.