Gabriel Lopes – Rios de Notícias
BRÁSILIA (DF) – Dois funcionários da Embaixada da Hungria no Brasil foram demitidos nesta quarta-feira, 3/4, após a divulgação de imagens de câmeras de vigilância da sede diplomática, que mostram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) andando pelo local em fevereiro.
As demissões foram informadas pela CNN Brasil. A embaixada húngara no Brasil, que fica em Brasília (DF), ainda não se manifestou.
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O ex-presidente se hospedou no local entre os dias 12 e 14 de fevereiro, depois de ele e seus aliados, terem sido alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 8 de fevereiro.
O fato chama atenção, visto que no caso de o Poder Judiciário expedir um mandado de prisão contra Jair Bolsonaro, a decisão não poderia ser cumprida por ele estar nas dependências de uma embaixada internacional.
O político, que está inelegível por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, após decisão do Superior Tribunal Eleitoral (TSE), também foi convocado a prestar esclarecimentos sobre o caso da Embaixada ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Jair Bolsonaro negou, por meio de seus advogados, que a visita tenha sido uma forma de estar fora do alcance da Polícia Federal e da Justiça.
“Não há, portanto, razões mínimas e nem mesmo cenário jurídico a justificar que se suponha algum tipo de movimento voltado a obter asilo em uma embaixada estrangeira ou que indiquem uma intenção de evadir-se das autoridades legais ou obstruir, de qualquer forma, a aplicação da lei penal.”
Justificou ex-presidente ao STF.