Redação Rios
PARINTINS (AM) – Um acordo foi firmado entre a Associação Folclórica Boi-Bumbá Garantido com o Tribunal Regional do Trabalho para quitar as dívidas de ações judiciais trabalhistas movidas por ex-trabalhadores da entidade folclórica.
São processos que se arrastam há anos deixados por administrações passadas. Já nesse acordo, serão pagos R$ 1 milhão e 500 mil. Serão firmados acordos para quitação de mais de 300 processos trabalhistas que estão em face de execução há mais de dez anos.
O presidente Antônio Andrade tinha como premissa de sua gestão quitar as dívidas dos trabalhadores do boi que há tempo se delonga, trazendo de volta aos camisas encarnada a esperança de um festival próspero e promissor.
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“Agradecemos a todos os envolvidos, principalmente aos trabalhadores e seus advogados que confiaram no Boi para chegarmos todos em um denominador comum bom para ambas as partes”, comemorou o presidente.
De acordo com o diretor jurídico do Garantido, Iuri Albuquerque Gonçalves, as execuções trabalhistas contra o Garantido serão pagas por meio de repasses de 30% da Coca Cola, uma das principais patrocinadoras dos bois de Parintins, e da venda de ingressos do Festival, a partir do próximo ano. Iuri ressaltou que o acordo feito pelo Garantido também se aplica ao boi contrário.
“O Garantido e o contrário firmaram esse acordo com todos os credores, perante o Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região-TRT11. Agora as dívidas trabalhistas contra o Garantido que estão reunidas, ficarão congeladas, sem juros ou correções e serão pagas com repasses de 30% da bilheteria e do patrocínio da Coca Cola, a partir do próximo ano”, afirmou Iuri Gonçalves.
Para o diretor administrativo do bumbá, Adson Silveira, ao contrário do outro bumbá, o Garantido vai quitar parte da dívida trabalhista já a partir deste acordo, sendo disponibilizado R$ 1,5 milhão. Esses recursos financeiros, afirma Adson, é proveniente da empresa médica Samel e do Coronel Ozores, dinheiro esse que seria usado no leilão de parte da Cidade Garantido. O leilão não se concretizou e o imóvel do bumbá continua a fazer parte do patrimônio da agremiação folclórica.
“Nós temos essa vantagem. Já pagamos um milhão e meio (R$ 1,5 milhão) neste acordo. Esse é um acordo que beneficia dezenas de trabalhadores e reduz parte da dívida trabalhista”, ressaltou o diretor administrativo.
“Fica registrado ainda o agradecimento ao diretor Jurídico Dr. Iuri Albuquerque Gonçalves e ao nosso advogado trabalhista, que representou nosso garrote na audiência, Dr. Thiago Siqueira”, concluiu Adson.
*Com informações da assessoria