Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Após a morte da ex-sinhazinha Djidja Cardoso, diversas imagens dela e de sua família começaram a circular nas redes sociais, gerando debates sobre a privacidade e o respeito à imagem dos envolvidos.
O delegado-geral Adjunto da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), Guilherme Torres, enfatizou durante coletiva nesta sexta-feira, 7/6, que apesar da morte, a pessoa ainda tem direitos de imagem, se referindo a divulgação excessiva das imagens relacionadas ao caso de Djidja Cardoso.
“A pessoa, ainda que morta, ela preserva os direitos da imagem. Nós estamos vendo publicações ofensivas a imagem de todas essas pessoas envolvidas nesse evento funesto, uma tragédia envolvendo toda uma família”
Guilherme Torres, delegado-geral Adjunto da Polícia Civil do Amazonas
O delegado ressaltou ainda que a corporação não compactua com a divulgação excessiva das imagens envolvendo o caso Djidja.
Avó de Djidja
Durante a coletiva de imprensa realizada nesta sexta, a Polícia Civil forneceu os primeiros esclarecimentos sobre a morte de Maria Venina Cardoso, de 82 anos, avó da ex-sinhazinha Djidja.
O caso, que gerou diversas especulações nas redes sociais, envolveu alegações de que a idosa teria falecido após receber uma dose de anabolizante.
Maria Venina morreu em junho de 2023, durante a estadia de sua filha Cleusimar Cardoso, Djidja e o namorado Bruno Roberto, na casa da idosa em Parintins. A família estava no município para acompanhar o Festival Folclórico de Parintins.
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O titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ricardo Cunha, abordou o andamento das investigações durante a coletiva.
“Houve uma suposta morte de forma estranha da avó de Djidja, e isso causou uma repercussão na cidade e em nível nacional. Existem muitas especulações em torno dessa morte, mas tentaremos esclarecer até onde é possível”, afirmou Cunha.
O delegado Danniel Antony, responsável pelo caso, classificou o óbito como “morte a esclarecer”.
“Estamos tratando esse óbito como morte a esclarecer, em razão de que no local do óbito não há indicativo claro em todos os elementos que nós recolhemos de que essa morte teria sido provocada”, explicou Antony.
O laudo inicial apontou depressão cardiorrespiratória como a causa da morte de Maria Venina. No entanto, laudos complementares foram solicitados para determinar se havia alguma relação entre a causa da morte e possíveis substâncias administradas à idosa. A investigação continua em curso.