Redação Rios
EUA – O Brasil não saiu do empate com os Estados Unidos, por 1 a 1, nessa quarta-feira, 12/6, em Orlando, no último amistoso preparatório para a Copa América. Com falha de Alisson e gol de Rodrygo, a seleção reforçou as debilidades apresentadas na vitória sobre o México. Dorival Júnior terá de mudar a formatação tática e identificar os atletas que pedem espaço na equipe titular e aqueles que não estão no nível técnico desejado.
A seleção brasileira não deixa boa impressão de olho na Copa América. O principal rival do Brasil na fase de grupos é a Colômbia. Costa Rica e Paraguai não colocam medo e, por isso, dificilmente o time nacional será eliminado na primeira etapa. No entanto, a seleção não está no mesmo patamar da Argentina, grande favorita a conquistar o bicampeonato, e Uruguai.
Um problema reiterado nos times de Dorival Júnior – foi assim no São Paulo, por exemplo – é converter posse de bola em gol. A forma como o Brasil atua apresenta uma equipe cujo domínio é ilusório. A defesa também é um problema, foram seis gols sofridos nos quatro primeiros jogos da ‘era Dorival’. A responsabilidade passa por toda a estrutura da retaguarda brasileira, mas Alisson não passa a confiança necessária para continuar como goleiro titular, apesar da titularidade nos últimos dois Mundiais.
Conforme previsto, Dorival Júnior optou por deixar Endrick no banco de reservas para o início de jogo, escalando o que seria o time titular, com Vini Jr. como principal líder técnico. A partida começou com uma postura surpreendente dos donos da casa. A seleção dos Estados Unidos decidiu testar o goleiro Alisson e por pouco não comemorou o primeiro gol em um chute de longa distância de Musah que acertou o travessão.
Com o passar do tempo, Vini Jr. tomou o protagonismo do jogo para si e arriscou algumas finalizações. Mas foi Rodrygo quem balançou as redes primeiro na Flórida. O camisa 10 recebeu passe de Raphinha na entrada da área pela esquerda e chutou para abrir o placar a favor da seleção brasileira aos 16 minutos.
Não demorou para a aposta original norte-americana – de arriscar finalizações contra Alisson – surtir efeito. Em cobrança de falta na meia-lua, aos 25, Pulisic chutou rasante no canto do goleiro brasileiro, que falhou e não conseguiu impedir o empate dos donos da casa.
O primeiro tempo mostrou que a seleção brasileira, seja com time titular ou reserva, apresenta os mesmos defeitos criativos. A insistência – apesar de justificada – de Dorival em deixar Endrick no banco se mostra um erro. O trio de ataque, com Vini, Rodrygo e Raphinha, que deveria privilegiar a mobilidade acabou por confundir mais a criação brasileira do que a defesa norte-americana.
Na volta do intervalo, Dorival fez uma troca simples no meio-campo brasileiro, com Douglas Luiz entrando na vaga de João Gomes. O time, porém, não mostrou maior aptidão com a troca. A presença no ataque não era convertida em lances claros de gol.
Entre os 15 e os 25 minutos do segundo tempo, os Estados Unidos se lançaram ao ataque e controlaram mais a posse de bola. A entrada de Endrick no lugar de Lucas Paquetá revitalizou a seleção brasileira. O jovem de 17 anos e Vini Jr. apareceram mais vezes com chances de balançar a rede norte-americana. O Brasil, porém, não conseguiu ser efetivo no restante do jogo, e o placar permaneceu inalterado até o apito final.
Estreia na Copa América
A seleção brasileira tem 11 dias para se preparar para a estreia na Copa América. O Brasil mede forças com a Costa Rica no dia 24, às 22h (de Brasília), no SoFi Stadium, em Inglewood, na Califórnia. A equipe nacional está no Grupo D na companhia dos costarriquenhos, colombianos e paraguaios.
*Com informações da Agência Estado