Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc), por meio da assessoria informou, nesta quinta-feira, 20/6, que os pais dos envolvidos na agressão a dois adolescentes em uma parada de ônibus, na noite do dia 12 de junho, foram ouvidos na escola, em reunião registrada em ata e que, por opção dos pais, eles vão ser transferidos. No entanto, o responsável das vítimas questiona o posicionamento da Seduc e diz vai acionar o Ministério Público.
Em nota, a Seduc informou que os responsáveis pelos alunos da Escola Estadual Profa. Ruth Prestes Gonçalves (Aldeia do Conhecimento) alegaram que os filhos [agressores] já tinham sido agredidos pelo adolescente [vítima] da Escola Estadual Senador João Bosco em outra situação, dias antes, em um lanche e que o desentendimento era por conta de uma menina.
Leia mais: Alunos são agredidos em frente à escola na zona Norte de Manaus
A Secretária informou ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS que o Núcleo de Inteligência em Segurança Escolar (Nise) foi acionado e irá desenvolver orientações e palestras voltadas para fortalecer a Cultura de Paz nas escolas.


Pai questiona resposta da Seduc
O responsável pelos adolescentes agredidos, em conversa com a REPORTAGEM, nesta quinta-feira, 20, questionou a Seduc. “Amanhã (sexta-feira) vou estar no Ministério Público e entrar com ação contra a Seduc, porque um aluno foi expulso, e o outro a mãe transferiu no dia da confusão, visto que é maior idade”, explicou o servidor público, Elisvaldo Marques Vale.
Segundo o pai e tio das vítimas, a Seduc está acusando os dois jovens agredidos. “Inclusive não tem ata. A ata eu ia assinar hoje (20/6). A escola acabou de me ligar para assinar. Então, a Seduc foi infeliz em dar essa nota.”
Relembre o caso
Na noite do dia 12 de junho, Dia dos Namorados, dois adolescentes foram atacados com extrema violência em uma parada de ônibus. No vídeo, eles são encurralados e levam diversos tapas e chutes de adolescentes fardados.
O pai e tio das vítimas, o servidor público Elisvaldo Marques Vale, após a agressão fez um boletim de ocorrência na Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (DEAAI), na zona Centro-Oeste da cidade. Depois fez outro BO no 6º Distrito Integrado de Polícia (DIP).
Segundo o B.O feito na DEAAI, seis jovens dos quais se tinha apenas o nome de um deles (na época) estariam envolvidos na agressão. A natureza do crime cometido seria de lesão corporal dolosa – Atos agressivos de provocação praticados contra alguém, mas que não deixam marcas ou sequelas no corpo da vítima.