Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O Amazonas registrou seis casos de coqueluche, sendo quatro em 2022, um em 2023 e um em 2024, segundo informações da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), em meio a alta de casos no Brasil e no mundo.
A Coqueluche é uma doença infecciosa aguda altamente transmissível, que compromete o aparelho respiratório e acomete principalmente crianças menores de um ano por meio de gotículas eliminadas na fala, tosse ou espirro.
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Segundo o estudo “Coqueluche no Amazonas: uma série histórica de dez anos” da Revista Científica Multidisciplinar Recima 21, os meses de fevereiro a maio, que correspondem ao período chuvoso no Amazonas, foram os que tiveram o maior registro de casos nos últimos dez anos.
Para a gerente de imunização da Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-RCP, Angela Desirée, a principal forma de prevenção contra coqueluche, que é uma doença característica da infância, é através da vacinação de crianças menores de 6 anos de idade com a vacina pentavalente.
“São três doses na criança de dois, quatro e seis meses, e também com a vacina tríplice bacteriana, a vacina DTP, que são duas doses de reforço administradas na criança aos 15 meses de idade e aos quatro anos.”
Angela Desirée, gerente de imunização
A especialista explica que os responsáveis devem levar suas crianças às salas de vacinação para que elas iniciem ou completem o esquema vacinal e, principalmente, verifiquem se as doses de reforço aos 15 meses e aos quatro anos estão atualizadas. “É sempre bom reforçar que vacinas salvam vidas“, orienta.
Casos no Brasil
Segundo dados do Ministério da Saúde, a coqueluche no Brasil se concentra principalmente na região Sudeste, com 86 casos em 2024. O estado de São Paulo, por exemplo, se tornou o epicentro da doença com 78 registros, e atrás, Minas Gerais com oito ocorrências.
A região Sul do país alcançou 24 casos, sendo 16 no Paraná, além de quatro registros em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, respectivamente. O Nordeste apresentou um total de três casos em 2024 e a região Centro-Oeste, dois.
No Brasil, o último pico epidêmico de coqueluche ocorreu em 2014, quando foram confirmados 8.614 casos em todo o país. No Amazonas, foram 68 casos confirmados. A partir de 2020, a redução ficou associada à pandemia de covid-19 e ao isolamento social.