Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O manto sagrado dos povos indígenas Tupinambás, confeccionado com penas vermelhas e fibras vegetais, datado do século 17, finalmente retornou ao Brasil após 300 anos de exílio em Copenhagen, na Dinamarca.
Produzido originalmente pelo povo Tupinambá, o artefato, conhecido também como “Assojaba Tupinambá”, agora será cuidadosamente preservado no Museu Nacional, localizado no Rio de Janeiro (RJ), e está previsto para ser exibido ao público a partir de agosto.
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Este exemplar do manto tupinambá é um dos apenas 11 restantes em todo o mundo e é considerado um dos mais bem preservados.
Segundo historiadores, o ritual antropofágico dos tupinambá – quando os indígenas comiam a carne do inimigo como símbolo de vingança – era um dos rituais em que o manto era utilizado.
Em junho do ano passado, após negociações entre a embaixada brasileira em Copenhague, o Museu Nacional do Rio de Janeiro e o Museu Nacional da Dinamarca, o museu dinamarquês confirmou a doação da peça.
A trajetória do artefato para a Europa durante o período colonial não está documentada, sendo que ele estava sob custódia no Museu Nacional da Dinamarca pelo menos desde 1689.