Letícia Rolim – Rios de Notícias
SÃO PAULO – Após a expulsão de alunos do curso de medicina que apareceram nus em vídeos durante jogos universitários na Universidade de Santo Amaro (Unisa), a advogada Clarissa Höfling, que está à frente da defesa de dois dos estudantes, alega que a expulsão é injusta e que seus clientes “são as verdadeiras vítimas da situação”.
O caso ocorreu durante um campeonato esportivo em abril deste ano, na cidade de São Carlos, interior de São Paulo. Segundo a advogada Höfling, os jovens foram obrigados a ficar nus como parte de uma série de práticas hostis promovidas por veteranos contra os calouros.
A hostilidade dos veteranos, de acordo com a defesa, inclui desde a imposição de vestimentas até agressões, ofensas e humilhações. “Quem não participa é ridicularizado publicamente, é excluído de time”, afirma Höfling.
Ela argumenta que dentro da Unisa, os calouros que desejam se integrar ao meio universitário não conseguem se negar a praticar tais condutas sob pena de sofrerem ostracismo e consequências que se estendem até a vida profissional.
A advogada também negou categoricamente as alegações de masturbação coletiva durante o evento, como foram sugeridas por alguns usuários de redes sociais que compartilharam as imagens. “Isso é falsa e completamente desvirtuado da realidade”, enfatizou Höfling.
A Unisa chegou a emitir uma nota repudiando o comportamento dos alunos, e reiterando que tomou medidas severas, que foi a expulsão dos alunos identificados nos vídeos publicados entre o dia 16 e 17 de setembro.