Gabriela Brasil – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Após sair da sede da Polícia Federal para entregar documentos da defesa, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira, 18/10, que o objetivo do inquérito sobre um grupo de empresários que atacou o processo eleitoral em mensagens no WhatsApp é “censurar” seus apoiadores.
Na ocasião, o ex-presidente também destacou que a defesa vai argumentar que a competência do julgamento sobre o caso não é do Supremo Tribunal Federal (STF), mas da primeira instância.
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“Os advogados entendem que é a primeira instância, e sempre estivemos prontos para colaborar. Agora, o que de importante aconteceu no início desse inquérito? O objetivo foi atingido. É tirar de circulação, é censurar e calar o Luciano Hang, que tinha 10 milhões de seguidores e serviu para inibir outras pessoas que eram simpáticas a mim por ocasião das eleições”, afirmou Jair Bolsonaro.
Apesar de ter sido convocado para prestar depoimento na Polícia Federal a respeito do inquérito que investiga empresários acusados de defender um golpe de Estado, Bolsonaro não depôs. O silêncio de Bolsonaro se deu, conforme advogados do ex-presidente, por conta da “evidente atipicidade dos fatos investigados e da incompetência da Suprema Corte”. A entrevista dos advogados foi concedida ao G1.
“Minha presença aqui hoje é em função do inquérito conhecido como dos empresários. Fui incluído nele depois de vários meses, tendo em vista a mensagem que eu havia passado em especial para Meyer Nigri, que é um empresário de São Paulo que eu conheço desde as eleições de 2018. O que traz este assunto? As mensagens que eu passei para eles que eram grande parte da imprensa”
As conversas no aplicativo de mensagens foram registradas em junho 2022. De acordo com o relatório da PF, um contato salvo como “Bolsonaro 8” diz que o ministro do STF, Luís Roberto Barroso, “mente” e que há “desserviço à democracia dos três ministros do TSE/STF”.