Vívian Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Por volta das 11h30, o ex-presidente Jair Bolsonaro e sua esposa, Michelle Bolsonaro, desembarcaram no Aeroporto Eduardo Gomes, na zona Oeste de Manaus. Apoiadores se reuniram para recepcioná-los, agitando bandeiras e gritos de “mito”.
O deputado federal Alberto Neto (PL-AM) utilizou as redes sociais para transmitir ao vivo o momento da chegada de Bolsonaro, evidenciando a movimentação intensa.
Enquanto isso, nas redes sociais, a opinião pública se divide entre apoio e oposição à presença de Bolsonaro na cidade. Grupos como os Policiais pela Democracia mobilizam-se e espalham banners pela cidade com mensagens críticas, como “Inimigo da Zona Franca” e “Nenhuma obra em Manaus”, destacando a ausência de investimentos na região durante o mandato do ex-presidente.
O pré-candidato a vereador João Tayah (PT/AM) também adere aos protestos, publicando um vídeo onde manifesta sua discordância com a visita de Bolsonaro à capital. Nas imagens, é possível ver uma manifestação pacífica, mas carregada de críticas à gestão do ex-presidente, durante a pandemia de Covid-19.
“Jamais esqueceremos! Faltou oxigênio. Faltou vacina. Faltou sobretudo consideração pelas pessoas que aqui morriam asfixiadas nas camas de hospitais. Quem aí seria capaz de esquecer a célebre frase: ‘E daí? Não sou coveiro’“, escreveu.
Bolsonaro tem uma agenda programada para o dia, que participa de dois eventos na cidade: o primeiro será o apoio à pré-candidatura de Alberto Neto à Prefeitura de Manaus, onde se espera um discurso voltado para a base eleitoral. O segundo, é o ato do PL Mulher, onde o ex-presidente buscará consolidar apoio político na região.
Inelegível
Desde o dia 30 de junho de 2023, Bolsonaro está inelegível. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou, por 5 votos a 2, a inelegibilidade do ex-presidente por oito anos, a partir das Eleições de 2022, devido ao uso indevido do cargo e dos meios de comunicação.
A decisão do presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, foi embasada na realização de uma reunião no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros, na qual Bolsonaro utilizou recursos públicos para promover uma agenda eleitoral pessoal, atacando o sistema eleitoral. A decisão reafirma o compromisso com a integridade das eleições e a democracia.
Apesar da decisão, o ex-presidente segue sendo a representação da direita no Brasil e forte oposição ao atual governo federal.