Redação Rios
MANAUS (AM) – A obra “Brasil futuro, ancestral”, do parintinense Pito Silva, será estampada na entrada do Bumbódromo de Parintins, a 369 quilômetros de Manaus, apresentando a arte e a ancestralidade da cultura indígena da ilha encantada. O mural tem a curadoria de Diego Omar.
A obra está em fase de preparo e será exposta em três grandes murais – cada um de 9 metros de altura e 7 metros de comprimento. Com uma técnica mista do grafite aliada às pinceladas tradicionais, Pito vai pintar um curumim e uma cunhatã da etnia Sateré-Mawé, e no centro, um indígena idoso resgatando a ancestralidade dos povos originários.
“A obra traz uma reflexão à importância cultural que herdamos dos nossos ancestrais. Destaque também para a importância da preservação e a continuidade de tudo isso, que possa ser preservado e transmitido de geração a geração”, destacou o artista.
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Além de artista visual, Pito também incentiva jovens e adolescentes do hip hop, atuando como professor de danças urbanas no Liceu de Artes e Ofício Claudio Santoro de Parintins.
“Assinar uma obra dessa representa um novo começo e a reafirmação da minha verdade e identidade, enquanto artista, e faz com que eu reflita quem sou enquanto parintinense. Não vejo a obra como trabalho. É o que eu sempre fiz, faço e não consigo ver a minha vida sem fazer isso em hipótese alguma”, acrescentou o artista.
Arte a céu aberto
O 56° Festival Folclórico de Parintins desempenha um importante papel na difusão dos trabalhos de artistas locais e diversos projetos culturais são desenvolvidos neste sentido. O muralismo que colore a Ilha Tupinambarana é uma das iniciativas.
No ano passado, ganhou repercussão o mural “Vitória da Cultura Popular”, da dupla Curumiz, que tomou a fachada principal do Bumbódromo e se tornou a marca oficial do festival. Outros muros da cidade foram revitalizados com pinturas de artistas locais, dando vida à primeira edição do projeto “Parintins Galeria Cidade Aberta”.
Neste ano, os visitantes vão se deparar com o colorido dos muros tomando toda a cidade. A galeria a céu aberto será ampliada para outros 10 muros, incluindo o mural “Brasil futuro, ancestral”.
“Parintins é um celeiro de artistas e, na temporada do festival, encontram a oportunidade de expor as suas obras, descentralizando a arte do interior do Amazonas, ultrapassando as limitações geográficas e alcançando várias camadas ao redor do mundo”, disse o secretário. e Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz.
*Com informações da assessoria