Vívian Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Nesta quarta-feira, 1º de maio, completa-se três décadas da trágica morte de Ayrton Senna, um dos maiores pilotos da história do automobilismo mundial. Aos 34 anos, o tricampeão mundial de Fórmula 1 perdeu a vida em um acidente durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, Itália, em 1994.
Ayrton Senna, no auge da carreira, liderava a corrida quando perdeu o controle de sua Williams-Renault na curva Tamburello, chocando-se violentamente contra o muro de proteção do Autódromo Enzo e Dino Ferrari. O impacto foi fatal, marcando o fim precoce de uma trajetória lendária.
Em entrevista ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, o amazonense Pablo Daniel Mendes de Carvalho, de 31 anos, revelou como a paixão pelo ídolo começou e como os 30 anos sem Senna representam não apenas uma saudade do que nunca viveu, mas também uma perda para o potencial do Brasil na Fórmula 1
“Se ele estivesse vivo, o Brasil hoje poderia ser uma potência maior na Fórmula 1. Ele poderia ter inspirado mais jovens, ter aberto mais portas. A gente poderia ter uma equipe brasileira comandada pelo próprio Senna. Todo menino, quando estava brincando de carrinho, imaginava que era o Senna. E hoje em dia, a gente não tem um piloto brasileiro para o menino se espelhar. Que acho difícil o Brasil ter um outro piloto como Senna assim tão cedo”, desabafou.
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Ao recordar sua primeira experiência com a Fórmula 1 durante o GP da Alemanha de 2000, Carvalho descreveu como a emoção compartilhada por sua mãe e pelo narrador Galvão Bueno o inspirou a conhecer mais sobre o lendário piloto brasileiro.
“A emoção da minha mãe e a do jornalista Galvão Bueno mexeu comigo. Perguntei por que o Galvão estava chorando. Aí minha mãe falou que foi a primeira vitória brasileira depois da morte de Ayrton Senna. Foi quando ela me contou a história dele. Foi crescendo em mim uma vontade de procurar saber quem ele era. Passei a gostar muito de Fórmula 1 e a pesquisar sobre o esporte”, narrou o funcionário público.
Ele destaca os feitos impressionantes de Senna, especialmente considerando as condições desafiadoras do esporte na época.
“Foram muitos feitos e recordes que ele bateu. Na época, a condição do carro que ele pilotava tinha confiabilidade zero e aguentava poucas corridas, como 16 por ano. Hoje em dia tem campeonato com 24 corridas mais seis corridas sprint”, explicou
“Representa uma dor de ter perdido alguém que eu não cheguei a conhecer, de vê-lo correr”, compartilha Carvalho, destacando como Senna continua sendo uma referência de excelência esportiva e inspiração pessoal para ele e muitos outros fãs ao redor do mundo.
Números
Com 65 pole positions, 41 vitórias e três títulos mundiais em seu currículo, Senna conquistou o coração dos brasileiros e admiradores ao redor do globo. Tolemann, Lotus, McLaren e Williams foram as escuderias pelas quais ele brilhou, deixando um legado de talento, garra e um estilo arrojado de pilotar, sua marca registrada.
Apesar de sua partida prematura, o legado de Ayrton Senna perdura através do Instituto Ayrton Senna. Fundado por sua irmã, Viviane Senna, a organização impactou positivamente a vida de mais de 36 milhões de crianças e jovens em todo o Brasil. Segundo ela, o desejo de criar o projeto era uma aspiração de Ayrton em vida.
Corinthiano de coração e alma
Além do legado na educação, Senna também deixou sua marca como torcedor fiel do Corinthians. A paixão pelo clube era tão intensa quanto sua dedicação às pistas.
Réplicas de seu capacete adornam o Parque São Jorge desde 1995, enquanto a Fiel Torcida estende um bandeirão em sua homenagem nos jogos em casa perto da data de seu falecimento.
Em 2014, os jogadores do Corinthians entraram em campo usando réplicas do capacete de Senna, em uma homenagem durante uma partida da Copa do Brasil.