Vívian Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O empresário brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, tornou-se vítima de um sequestro na terça-feira, 9/1, em Guayaquil, no Equador, em meio a uma escalada de violência desencadeada pela fuga de líderes criminosos.
Proprietário da churrascaria chamada “La Brasa”, Thiago é de São Paulo, mas mora no país há três anos, gerenciando seu estabelecimento que comercializa churrasco brasileiro.
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A situação caótica no Equador, desencadeada pela fuga de um chefe de quadrilha, José Adolfo Macías Villamar, mais conhecido como Fito, levou o presidente Daniel Noboa a declarar nesta segunda-feira, 8/1, estado de exceção por 60 dias, com toque de recolher e autorização para as Forças Armadas neutralizarem grupos criminosos.
A medida foi tomada após homens armados e encapuzados entrarem no canal TC Televisión em Guayaquil quando jornalistas transmitiam ao vivo um programa de notícias, o que causou uma situação dramática que durou pelo menos 30 minutos até a intervenção da polícia. A Universidade de Guayaquil também foi invadida pelo criminosos no mesmo dia.
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) acompanha o caso de Thiago, mantendo contato com as autoridades equatorianas para apurar os detalhes do sequestro. Em nota emitida na terça-feira, o governo brasileiro condenou “as ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados em diversas cidades no Equador”.
“O governo segue atento, em particular, à situação dos cidadãos brasileiros naquele país. O plantão consular do Itamaraty pode ser contatado no número +55 61 98260-0610 (inclusive WhatsApp)”.
Filho faz apelo
Enquanto isso, a família enfrenta desespero financeiro, tendo pago parcialmente o resgate exigido pelos sequestradores. O filho de Thiago, Gustavo, fez um apelo emocionado nas redes sociais, solicitando ajuda para completar o valor exigido.
“Meu nome é Gustavo, eu sou filho de Thiago. Meu pai foi sequestrado nesta manhã (terça-feira). Já enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais. Por isso recorro a vocês, que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo. Se é US$ 1, US$ 2. Precisamos de verdade. Estamos desesperados. Não temos como fazer. Já pagamos US$ 1,1 mil, mas estão pedindo US$ 3 mil (R$ 14.720 mil). Peço que nos ajudem. Muito obrigado”.