Gabriel Lopes – Rios de Notícias
PARINTINS (AM) – As Associações Boi-Bumbá Caprichoso e Boi-Bumbá Garantido emitiram uma nova nota conjunta na noite dessa quinta-feira, 20/12, onde negaram que tenham pedido o afastamento do Governo do Amazonas do 58° Festival Folclórico de Parintins, em 2025. Conforme os bumbás, a informação teria circulado na imprensa.
“É importante ressaltar que o Governo do Estado do Amazonas e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa são parceiros fundamentais e patrocinadores do Festival de Parintins. Nesse sentido, enfatizamos que os Bumbás nunca solicitaram o afastamento do governo e nem ameaçaram deixar o Festival”, destaca a nota.
Um desentendimento entre os Bois de Parintins e o governo ocorreu após eles se manifestarem contrários a Dispensa de Licitação nº 007/2024, realizada pela Secretaria de Cultura, que determina unilateralmente a contratação de uma empresa para gerir a venda de ingressos do Festival Folclórico de Parintins, em 2025.
No entanto, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) decidiu suspender a medida do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) que havia interrompido atividades da Amazon Best Turismo e Eventos Ltda., que é a responsável pela venda de ingressos. Com isso, eles começam a ser vendidos neste sábado, 21.
“Reafirmamos nosso compromisso com o diálogo e destacamos que desejamos que todas as partes envolvidas continuem conversando para encontrar um consenso que fortaleça ainda mais o evento, assegurando seu sucesso e preservando a grandiosidade dessa celebração cultural”, conclui a nota dos bumbás.
Governador se pronuncia
O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), falou pela primeira vez nessa quinta-feira, 19/12, sobre a nota anterior divulgada pelos bois Caprichoso e Garantido. Ele fez questão de ressaltar que sua gestão tem contribuição essencial para a realização do evento.
“Boa parte da estrutura da festa é mantida pelo estado, diria que cerca de 60%. E eu até acho que o boi não caminha sozinho, sem ajuda do estado. Não há a menor possibilidade do boi caminhar sem o estado, pelo menos nesse momento. […] Enfim, fazemos uma série de procedimentos para que efetivamente possam ser recebidos os visitantes lá em Parintins”, completou.