Júnior Almeida – Rios de Notícias
PARINTINS (AM) – Com o tema “Cultura, o triunfo do povo“, o boi Caprichosoé campeão do 57º Festival Folclórico de Parintins, carregando 26 títulos. Após apuração das notas pelos jurados nesta segunda-feira, 1º/7, o Touro Negro se torna o tricampeão seguido do Festival e repete o grande feito do ano passado.
O Caprichoso venceu a primeira noite de apresentações com um décimo, acumulando 419,8 pontos, contra 419,7 do boi Garantido. Na segunda noite, ambos os bois empataram com 419,8. E na última noite o lado azul e o vermelho também empataram, dessa vez com 419,7. No total, Caprichoso acumulou 1.259,3 pontos, enquanto o Garantido obteve 1.259,2.
Performances nas três noites
Na primeira noite, o Boi Caprichoso, sob o tema “Cultura – O Triunfo do Povo”, apresentou o subtema “Raízes: O Entrelaçar de Gentes e Lutas“. O Touro Negro encenou um espetáculo que celebrou as tradições e a história do boi-bumbá azul, tocando profundamente os adeptos azulados.
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O evento contou com a participação de Edmundo Oran e o levantador de toadas Patrick Araújo, além do boi sendo erguido por um guindaste. O espetáculo surpreendeu a todos com suas imponentes alegorias, toadas tradicionais e apresentações marcantes, como a da cunhã-poranga Marciele Albuquerque, representando uma serpente.
Na segunda noite, no sábado, 29 de junho, o Caprichoso apresentou o 57º Festival de Parintins com o tema “Tradições: O Flamejar da Resistência Popular“, exaltando os povos indígenas e ribeirinhos. O boi encantou o público com alegorias modernas que mesclaram toadas novas e antigas.
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Na arena, a Figura Típica homenageou o Pescador da Amazônia, com movimentos e cores ricas em detalhes, uma criação dos artistas Márcio Gonçalves e Marlucio Pereira. O espetáculo do Boi Caprichoso culminou com o Ritual Indígena, Rito de Transcendência Marubo, e a alegoria do artista Kennedy Prata trouxe a apresentação do Pajé Erick Beltrão.
O boi Caprichoso encerrou a última noite do Festival de Parintins com uma mensagem impactante em defesa da proteção da floresta e dos povos originários, sob o tema “Saberes, o Reflorestar das Consciências“.
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A primeira alegoria foi “Lenda Amazônica“, que narrava a história do povo Macurap enfrentando uma grande inundação e assumindo a missão de proteger o povo da floresta. A obra do artista Alex Salvador se destacou, transformando a arena em uma vasta floresta com efeitos e detalhes impressionantes.
Destacando os saberes tradicionais e as crenças populares, o item “Figura Típica Regional“, concebido pelos artistas Makoy Cardoso e Nei Meireles, trouxe para o bumbódromo os Sacacas, Curadores da Floresta, simbolizando o poder de cura das ervas medicinais que transcendem os limites da ciência.