Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – “Eu tive uma visão antes da minha irmã morrer”, afirma Ademar Cardoso em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, no programa Câmera Record, exibido na noite desse domingo, 22/9.
Ademar e sua mãe, Cleusimar Cardoso, fizeram declarações sobre a morte de Djidja Cardoso, a seita religiosa e a investigação sobre tráfico de drogas.
“Eu via as pessoas e seus problemas como uma oportunidade de ajudar. Eu as usava como um instrumento de apoio. Tive uma visão antes da minha irmã morrer. Um ano antes, tatuei o número 28, e sonhei com um caixão vazio, foi o que aconteceu”, comentou Ademar.
Djidja Cardoso foi encontrada morta no dia 28 de maio deste ano, em seu quarto, na casa localizada no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus.
Cleusimar também comentou sobre as acusações relacionadas à seita ‘Pai, Mãe e Vida’. “Sou livre para cultuar o que quiser no Brasil. Nunca fiz nada de errado. As reuniões em casa eram apenas sobre cabelo, não tinha nada de seita”, afirmou. “ Na minha casa, a última palavra sempre era da Djidja.”
Ademar, ao falar sobre os últimos momentos de sua irmã, disse não sentir culpa pela sua morte.
“É horrível, dá um peso no coração. Não pesa na minha consciência, mas fico triste. Minhas noites têm sido tranquilas, exceto nos dois dias após a prisão, quando estava no lugar onde minha irmã morreu”, contou ele.
Cleusimar revelou que Bruno Roberto, ex-namorado de Djidja, estava presente na casa da família na noite da morte, tentando impedi-la de usar drogas. “Ele foi lá para ajudá-la a parar. Confiei nele, e ele filmou tudo”, diz Cleusimar.
Autorização Judicial
A entrevista foi autorizada pelo juiz Celso Souza de Paula, da 3ª Vara de Delitos de Tráfico de Drogas de Manaus (TJAM), em 29 de agosto deste ano, argumentando que a transparência no caso poderia alertar a população sobre os perigos do abuso de substâncias entorpecentes.
Envolvidos
Dos 10 envolvidos no caso, cinco estão presos, que são: Ademar Farias Cardoso Neto, Cleusimar de Jesus Cardoso, Hatus Moraes Silveira, José Máximo Silva de Oliveira e Sávio Soares Pereira. E cinco respondem fora da prisão, mas apenas Verônica da Costa Seixas é monitorada por tornozeleira eletrônica.