Gabriel Lopes – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e responsável por investigar o “Caso Djidja”, de grande repercussão local e nacional, contou a um programa de televisão nessa sexta-feira, 31/5, que chegou a ser ‘convidado’ pelos suspeitos do caso para participar da seita “Pai, Mãe, Vida”.
Cleusimar Cardoso e Ademar Cardoso, mãe e irmão da ex-sinhazinha do Garantido, Djidja Cardoso, Verônica Seixas, gerente do salão de beleza da família e os maquiadores Claudiele Santos e Marlisson Vasconcelos foram presos entre quinta e sexta-feira, 30 e 31, durante a Operação Mandrágora, do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP). Eles são investigados pelos crimes de estupro, associação para o tráfico de drogas e tráfico de drogas.
“Foi curioso porque a gente teve um bate-papo aberto dentro da delegacia, para que a gente pudesse entender quais seriam esses conceitos que eram veiculados por eles naqueles rituais que eles faziam nessa seita. Em dado momento a mãe [Cleusimar], falou ‘você tem que estar inserido para entender como funciona’.”
Cícero Túlio, delegado responsável pelo caso
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Djidja Cardoso morreu na última terça-feira, 28/5, por suspeitas de overdose por Ketamina, substância utilizada para anestesiar animais de grande porte. A morte da jovem trouxe notoriedade ao grupo criminoso, sitiado na rede de salões da família, Belle Femme, em Manaus.
Segundo uma das vítimas, a seita acreditava que Ademar Cardoso era a encarnação de Jesus Cristo, Cleusimar Cardoso, sua mãe, era Maria, e Djidja era Maria Madalena. “A Ketamina era utilizada por essa quadrilha para que as pessoas pudessem entrar em uma espécie de transe, e conforme elas relataram, pudessem ‘transcender a outra dimensão’”, disse Cícero Túlio, durante coletiva de imprensa na quinta, 31.