Gabriela Brasil – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O crime hediondo contra a artista venezuelana Julieta Hernández, de 38 anos, foi identificado pela Polícia do Amazonas como latrocínio, estupro e ocultação de cadáver. A motivação dos autores do assassinato, identificados como Thiago Agles da Silva, de 32 anos, e Deliomara dos Anjos Santos, de 29 anos, teria sido o celular da vítima.
Conforme o delegado responsável pela investigação, Valdinei Silva, do 37° Distrito Integrado de Polícia, as diligências iniciaram logo após o registro do Boletim de Ocorrência no Estado de Piauí.
O boletim apontava que o último contato da vítima com a família ocorreu na madrugada do dia 23 de dezembro. À família, Violeta informou que viajaria, de manhã, para Rorainópolis, no Estado de Roraima.
No entanto, conforme as investigações da polícia, por volta de 1h da manhã, Thiago Agles teria acordado Julieta, que dormia em uma rede. Com uma faca na mão, ele exigia que a vítima entregasse o celular.
Após a ciclista reagir à ameaça e iniciar uma luta corporal entre os dois, Thiago enforcou a artista e pediu que a esposa amarrasse os pés de Julieta. Depois ele ordenou que a companheira apagasse as luzes do cômodo e arrastou a artista para dentro da casa, onde cometeu violência sexual contra ela.
De acordo com o delegado, o crime de violência sexual cometido pelo marido deixou Deliomara com ciúmes. Por essa razão, ela teria jogado álcool nos dois e ateado fogo.
“Nesse momento, ele saiu e foi até uma mangueira no lado externo da residência. Ele molhou o pano e apagou o fogo dele e da vítima e teria dado uma enforcada na vítima que apagou ali naquele momento. Ele saiu da residência e foi até o hospital local procurar ajuda, porque a parte do tronco e braços ficaram todos queimados”, disse o delegado.
Em seguida, Deliomara pegou uma corda, colocou ao redor do pescoço de Violenta e enforcou a ciclista. Depois cavou uma corda rasa, onde colocou o corpo de Violeta. Conforme o delegado Valdinei Silva, antes do crime, o casal já possuía histórico de violência. “O mesmo modos operandi”.
“Thiago enforcou a vítima, a esposa pegou o celular e exigiu que a vítima fizesse uma transferência de R$ 1,5 mil para conta dele para ele pagar uma dívida de droga. Não prosseguiu com o crime, porque um vizinho chegou e ele saiu correndo com a esposa. Então, o mesmo modus operandi, só que aqui ele não conseguiu executar o crime”, afirmou o delegado.
Entenda o caso
Julieta Hernández, também conhecida como “Palhaça Jujuba” desapareceu no dia 23 de dezembro, quando entrou contato com a família e amigos pela última vez.
A expectativa de conhecidos era que ela chegasse ao muncípio de Rorainópolis, em Roraima. Sem notícias da artista, foram movimentadas buscas para encontrá-la. O corpo da venezuelana foi encontrado no dia 5 de janeiro. No mesmo dia o casal suspeito do assassinato foi preso.