Redação Rios
BRASÍLIA (DF) – Na manhã desta quarta-feira, 3/5, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decreto que irá garantir autonomia e ampliar atividades do Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA). O ato foi realizado no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
O Centro de Bionegócios da Amazônia é uma iniciativa do governo federal que tem como objetivo fomentar o desenvolvimento de produtos biotecnológicos.
Com o decreto, o CBA deixa de ser vinculado à Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e passa a ser administrado pelo consórcio liderado pela Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea), em conjunto com a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT-SP).
O centro terá mais autonomia para gerenciar os próprios projetos e investimentos, além de ampliar suas atividades, como a produção e comercialização de produtos originários da biodiversidade amazônica.
A partir de então, o CBA pode ter acesso a investimentos públicos que somam R$ 47,6 milhões nos próximos quatro anos e poderá buscar recursos na iniciativa privada para pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Longa Espera
O gestor do Centro, Fabio Calderaro destaca que “a nova personalidade jurídica é um pleito esperado pela sociedade há mais de vinte anos e concretiza um processo iniciado para tornar o CBA uma instituição mais dinâmica, integrada ao ecossistema de inovação e próxima dos setores de atividade que podem adensar as cadeias da bioeconomia na região”.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destaca que essa mudança é essencial para fomentar a bioeconomia como vetor econômico importante para complementar a atual matriz econômica da região.
“Com isso poderemos criar empregos, fomentar empresas, agregar valor e transformar a grande farmácia que é a biodiversidade amazônica em produtos, serviços e investimentos. É fantástico o potencial nas áreas farmacêutica, química, cosmética e alimentícia”, afirmou Alckmin.
Com o contrato de gestão firmado e o processo de transição iniciado, o CBA terá mecanismos de mercado mais flexíveis para acompanhar a velocidade da inovação tecnológica e atender às demandas do setor produtivo, um grande passo para o desenvolvimento de tecnologias oriundas da biodiversidade e para o adensamento das cadeias produtivas da Amazônia.
A cerimônia contou com a presença do vice-presidente, Geraldo Alckmin; pelo governador do Amazonas, em exercício, Tadeu de Souza; pelo superintendente da Suframa, Bosco Saraiva; e pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), entre outras autoridades.
*Com informações da assessoria