Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid irá confessar a investigadores que houve um esquema de recebimento de venda ilegal de joias dadas por governos de outros países ao Brasil, o que por lei, devem ser incorporadas aos bens da União. De acordo com informações publicadas na revista Veja, nesta quinta-feira, 17/8, o militar e aliado de Jair Bolsonaro, “que se manteve em silêncio desde que foi preso, decidiu falar”.
Cid foi preso pelo envolvimento direto no caso das joias, e segundo seu advogado, ele vai confessar que vendeu os itens recebidos em agenda oficial, transferiu o dinheiro para o Brasil e entregou os valores em espécie para o ex-chefe do Executivo
A confissão teria sido confirmada pelo advogado criminalista Cezar Bitencourt. É esperado que o militar vá justificar que cumpria ordens diretas do ex-presidente Jair Bolsonaro e vai apontá-lo como mandante do esquema. “Resolve lá”, era a ordem dada pelo então presidente na época para seu auxiliar dentro do governo, o que incluía a venda e o repasse do dinheiro ilegal para Bolsonaro.
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Defesa de Cid
Um dia após se tornar o novo advogado de Cid, Cezar Bitencourt já havia dado indícios de que a linha de defesa seguiria em mostrar que o tenente-coronel apenas cumpria ordens, até mesmo “ilegais e injustas”. Dando uma nova abordagem a defesa e outros rumos à investigação.
Com a confissão de Cid, a situação do ex-presidente da república, que ainda não aparece como investigado no caso, se agravará. Hoje a PF sugere apenas que ele é o beneficiário final do esquema que surrupiou joias do acervo da presidência da república.