Lauris Rocha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Com entrada gratuita, o Cineclube de Arte apresenta uma retrospectiva de Jimmy Christian na quinta-feira, 13/2, a partir das 18h30. As exibições dos filmes do cineasta amazonense ocorrerão no Teatro Gebes Medeiros, localizado na avenida Eduardo Ribeiro, 937, no Centro de Manaus (antigo Ideal Clube).
Os longas Desentupidor e Zico, o Jabuti, além do documentário Opala Conexão Amazônia, todos dirigidos por Jimmy, serão exibidos para os fãs e amantes da sétima arte. O diretor estará presente no local para interagir com o público e falar sobre seu trabalho.
Em entrevista ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS nesta terça-feira, 11/2, o cineasta amazonense, que também é cientista social, compartilhou detalhes sobre seus longas.
De acordo com o diretor, seus filmes possuem um cunho social e, no primeiro momento, podem ser difíceis de digerir, como é o caso de Zico, o Jabuti, que aborda maus-tratos aos animais e as dificuldades de viver nas periferias de Manaus, enfrentando fome, vícios e alcoolismo, tudo isso com uma abordagem de humor negro.

“Desentupidor não é muito diferente, mas a temática é sobre a sujeira. O filme conta a história de um desentupidor de fossas nos anos 80 que mora em um bueiro com seu ratinho e enfrenta a depressão e o vício em cachaça. No entanto, também aborda o valor da amizade e faz uma crítica ao saneamento básico nas grandes cidades”, explicou.
Rock na estrada
“Opala Conexão Amazônia é um documentário, um road movie que acompanha o translado de uma dupla de roqueiros que trazem um carro Opala de Brasília para Manaus, enfrentando a estrada, a chuva e os perigos das rodovias”, destacou.
No Cineclube de Arte, também será lançada a campanha do próximo longa-metragem MAWÉ, dirigido por Jimmy Christian, com a exibição do teaser do filme nesta mostra de quinta-feira.
“O público pode esperar um cinema diferente nesta mostra de filmes. Acho uma iniciativa formidável, desenvolvida pelo curador e artista plástico Sérgio Cardoso. Espero que continue, pois é uma janela que nos dá visibilidade, já que muitos filmes ficam ‘na gaveta’ por não conseguirem espaço de exibição“, observou o cineasta.