Toda eleição dá sinais sobre como a sociedade enxerga os rumos do país. Em Manaus, a resposta foi clara: a rejeição ao presidente Lula (PT) e ao governador Wilson Lima (União).
Isso porque seus dois principais aliados tiveram votações muito abaixo do esperado, mesmo com todo o aparato político disponível.
Marcelo Ramos contava com tempo de TV, verba partidária, o apoio do presidente e conseguiu unir todos os grandes partidos da esquerda no Amazonas.
Já Roberto Cidade tinha o apoio do governador, a coligação mais forte, com 20 vereadores trabalhando em sua campanha, o maior tempo de propaganda e um orçamento generoso.
No entanto, nada disso foi suficiente. Ambos sofreram derrotas acachapantes em 2024, ocupando o 4º e o 5º lugares, distantes do segundo turno.
Além disso, suas imagens estão tão ligadas a Lula e Wilson Lima que o apoio de ambos aos candidatos do segundo turno também parece indesejado.
Nem David Almeida (Avante) nem Alberto Neto (PL) querem se associar publicamente a Ramos ou Cidade, apesar da estrutura de votos que eles poderiam oferecer.
A questão que fica é: esses apoios mais ajudariam ou prejudicariam as campanhas?