Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – “Quatro meses atrasados, estamos dependendo do repasse do governo (do estado)”, afirma um motorista do transporte alternativo, conhecidos como “amarelinhos”, que realizaram um protesto na manhã desta segunda-feira, 18/11, em frente à sede do Governo do Estado, localizada no bairro Compensa, zona Oeste de Manaus.
O protesto começou por volta das 7h e com faixas eles demonstraram insatisfação com o atraso nos repasses da gratuidade estudantil, que não ocorre desde julho deste ano, segundo os manifestantes.
O Portal RIOS DE NOTÍCIAS conversou com o representante jurídico da categoria, Íkaro Amore, que explicou os motivos da manifestação.
“As reivindicações são que queremos receber pelos estudantes estaduais transportados de forma gratuita pelo transporte público coletivo de Manaus. Estão em aberto duas parcelas de R$ 20 milhões, totalizando R$ 40 milhões, referentes aos meses de julho, agosto, setembro e outubro de 2024”, afirmou o representante.
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O motorista Eric Gonçalves também destacou como o atraso afeta diretamente os trabalhadores que dependem desses repasses, assim como os permissionários.
“Nós estamos dependendo do repasse do governo para a prefeitura. Já temos quatro meses de atraso. Eu, como auxiliar, minha família está dependendo de mim. E esse repasse não aconteceu; a prefeitura não faz o repasse, e os permissionários não passam para a gente. Ou seja, tudo é uma cadeia, e nós estamos dependendo do poder público para isso funcionar”, disse ele.
Além disso, os trabalhadores também reclamaram da falta de resposta do governo diante das suas demandas: “E até agora, desde 4h30 da manhã que saí de casa, não tivemos uma resposta. Não mandaram um representante, não fizeram uma ligação, não prometeram nada, não falaram nada. Nós estamos aguardando; temos família para sustentar”, ressaltou ele.
O movimento atinge diretamente os passageiros que dependem do transporte nas zonas Leste e Norte. Segundo a categoria, todos os 259 ônibus estão paralisados em Manaus.
A reportagem solicitou um posicionamento do Governo do Amazonas sobre a situação e aguarda retorno.