Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – A demanda pelo consumo de produtos no supermercado aumentou em 3,09% em dezembro de 2023, segundo apontou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O índice sublinha um crescimento de 18% se comparado com o mês de novembro, tendo o maior percentual de elevação dos últimos 24 meses.
Um outro dado revela que a opção de se alimentar fora de casa ficou 62% mais caro na região Norte do país nos últimos 10 anos, com os preços no valor médio de R$ 42,29, segundo dados da pesquisa +Valor, feita por uma empresa de vale-refeição e alimentação em 4,5 mil estabelecimentos comerciais em todas as regiões do país.
Ao PORTAL RIOS DE NOTÍCIAS, o economista Altamir Cordeiro salienta que o comportamento do consumidor é muito sensível quanto a variação de renda no Brasil. O especialista ressalta que apesar do desempenho fiscal em 2023 ter sido o pior desde 2020, houve uma melhora, segundo ele, na renda do trabalhador e também na queda do desemprego.
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“Alguns setores perceberam um certo crescimento nas vendas. O PIB brasileiro foi afetado positivamente por esse comportamento também. No entanto, existe a preocupação quanto a resistência e resiliência da inflação nos preços dos alimentos, hora provocada pela sazonalidade de certos produtos, outra hora por fatores externos, como por exemplos crises em outros países seja por conflitos internos, guerras ou fatores climáticos”.
Em relação ao custo das refeições fora de casa, o economista Altamir Cordeiro destaca que a alternativa de consumo de muitas pessoas, “levam em consideração a redução das despesas com supermercado que, muitas vezes não surte o efeito para quem passa o dia inteiro fora de casa“. Ele também pontua que estas pessoas, geralmente, substituem as refeições por lanches do tipo fast-food.
Reduflação
Segundo Cordeiro, os grandes varejistas brasileiros estão adotando uma estratégia que muitos economistas denominam de reduflação – que significa reduzir o volume das embalagens de certos produtos, para manter o preço ou até mesmo, aumentar de maneira que o consumidor não tenha um susto na hora de comprar.
“Sabonetes, papel higiênico, shampoo, leite em pó, entre outros produtos são exemplos da reduflação. De certa forma, a lei de oferta e demanda, sempre irá provocar mudanças nos preços. Seja para cima ou para baixo. O importante sempre é que o consumidor pesquise e verifique onde melhor se encaixa cada produto no seu orçamento. Consumo consciente sempre. Nada de compras por impulsos”, orienta o especialista.