Alita Falcão – Rios de Notícias
BELÉM (PA) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira, 26/5, a cidade de Belém do Pará como sede da Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30). A edição do principal evento sobre mudanças climáticas do planeta acontece em 2025.
O anúncio veio após confirmação da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao lado do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB-PA), e do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, Lula disse que o evento vai “honrar nossos compromissos com a preservação ambiental”.
“Eu já participei de COP no Egito, em Paris, em Copenhague… e o pessoal só fala da Amazônia. Por que, então, não fazer a COP em um estado da Amazônia? Para vocês conhecerem o que é a Amazônia! Verem o que são os rios da Amazônia, as florestas da Amazônia, a fauna da Amazônia”
Lula da Silva, presidente do Brasil
O presidente disse ainda que está convencido que será um grande evento e afirmou que o governo federal estará a disposição do Estado do Pará. “Vamos mostrar a cara do Brasil para o mundo. O povo do Pará vai engatar o mundo“, completou.
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O encontro promovido pela ONU é realizado desde 1995 e reúne os líderes de todo o mundo para tratar de medidas de controle das mudanças climáticas e propor mecanismos com o objetivo de garantir a eficiência da convenção.
Para o governador Helder Barbalho, a realização do evento em seu Estado “aumenta a responsabilidade de mostrar que o Brasil está preparado, e a responsabilidade da agenda ambiental conciliando os amazônidas de nossa região e o respeito ao meio ambiente”, afirmou.
Helder é o presidente do Consórcio Amazônia Legal, formado pelos estados nove estados amazônicos: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Desde da COP 27, no Egito, ganhou protagonismo frente às causas ambientais da região.
O governador do Pará disse que o governo federal está em sintonia com os estados da Amazônia Legal no entendimento do fortalecimento das ações de fiscalização, repressão e desenvolvimento socioeconômico da região.
“Alinhamos que é fundamental que possamos construir um grupo transversal para discutirmos um modelo de desenvolvimento da Amazônia que passe pelo enfrentamento, de maneira ativa e forte, no combate às ilegalidades ambientais, mas, por outro lado, se construa, de maneira transversal, um novo modelo de desenvolvimento econômico com a transição do uso da terra”, avaliou o governador paraense.
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