Júnior Almeida – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Há exatos cinco anos, em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia de Covid-19, causada por um novo tipo de coronavírus até então desconhecido.
A partir daquele momento, a rotina no mundo inteiro, inclusive no Brasil, mudou drasticamente e abriu margem para uma nova realidade. Naquela quarta-feira, 11, a doença misteriosa, que surgiu na cidade de Wuhan, na China, já havia se espalhado pelo globo.
Na época, já eram 120 mil casos confirmados em 114 países, com um total de 5 mil mortes. No Brasil, a doença foi identificada em 26 de fevereiro de 2020 com a primeira contaminação em um homem, de 61 anos, morador de São Paulo. Ele apresentou a doença após chegar de uma viagem à Itália, um dos países mais afetados na Europa.

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Um ano depois, o Brasil se tornou um dos epicentros da doença no mundo, com 250 mil mortos, mais de 10 milhões de contágios, além de um ritmo lento de vacinação, e uma curva crescente da doença. Em abril de 2021, chegaram a ser registradas mais de 3 mil mortes a cada 24 horas.

O Amazonas foi um dos principais locais atingidos pela segunda onda de covid-19, resultando em uma crise de falta de gás oxigênio nas unidades hospitalares do estado.
Estados decretaram lockdown, hospitais de campanha foram montados e a corrida pelas vacinas estava cada vez maior. Enquanto isso, comércios ficaram vazios e os hospitais, mais cheios. O contraste era evidenciado também em cemitérios improvisados lotados e a dor de famíliares e amigos que perderam parentes.

O ano foi o mais letal da pandemia no Brasil, isso porque em apenas nove meses, mais de 400 mil vidas foram perdidas. O cenário começou a mudar com o avanço da vacinação, que desacelerou a taxa de mortalidade gradativamente.



As últimas análises sobre o impacto da Covid-19 no Brasil apontam que o país concentrou cerca de 10% das mortes registradas mundialmente pela OMS, apesar de representar menos de 3% da população global.