Letícia Rolim – Rios de Notícias
BRASÍLIA (DF) – Dos oito deputados federais do Amazonas, apenas cinco participaram da votação da Medida Provisória (MP) 1154/23, que prevê a reestruturação dos ministérios do Governo Federal. Quatro parlamentares votaram pela aprovação da MP e apenas o deputado Capitão Alberto Neto votou contra a Medida.
Aprovada na Câmara dos Deputados com o placar de 337 votos a favor e 125 contra, a MP estabelece o aumento de 23 ministérios para 37.
Os quatro deputados que votaram pela aprovação da MP foram Adail Filho (Republicanos), Silas Câmara (Republicanos), Amom Mandel (Cidadania) e Fausto Jr. (União Brasil). Após a votação, Adail se manifestou nas redes sociais afirmando que a “reestruturação dos ministérios era necessária”.
O Senado terá que analisar e aprovar a MP até esta quinta-feira, 1º/6, para evitar que ela perca a validade. Caso o texto não seja aprovado, o governo Lula terá que reduzir a quantidade de ministérios de 37 para 23, como era durante o governo Bolsonaro.
Contrário ao aumento de ministérios, Alberto Neto afirmou que o Brasil só vai “voar voo de águia e não de galinha” se reduzir os gastos.
“Infelizmente, nós temos um governo que só pensa em gastar. Só em aumento de ministério aumentou mais de 20% no orçamento. Quem paga a conta é o mais pobre, por isso o PL com responsabilidade é contra o aumento de ministério”
Capitão Alberto Neto, deputado federal
Por “questão de coerência”, o deputado Amom Mandel, também favorável ao aumento de ministérios, disse que, “assim como tentaram fazer isso com Bolsonaro no passado e eu fui a favor de não interferir na prerrogativa do presidente de escolher como vai organizar o governo, defendo isso agora”.
Ausentes, os deputados Saullo Vianna (União Brasil), Átila Lins (PSD) e Sidney Leite (PSD) não votaram a Medida Provisória.
A MP
O relator na comissão mista responsável por analisar a MP, Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), propôs alterações ao texto original apresentado pelo governo federal, modificando as atribuições de alguns ministérios. As mudanças foram aprovadas pelos deputados federais.
Entre as alterações feitas, Isnaldo Bulhões retirou atribuições dos ministérios do Meio Ambiente que foram transferidas para a pasta do Ministério de Agricultura, e retirou o Ministério dos Povos Indígenas, para voltar o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A aprovação ocorreu no limite do prazo, após o presidente Lula se mobilizar, convocando uma reunião de emergência com ministros e entrando em contato com o presidente da Câmara, Arthur Lira.
Votos
Adail Filho – Republicanos – Sim
Amom Mandel – Cidadania – Sim
Capitão Alberto Neto – PL – Não
Silas Câmara – Republicanos – Sim
Fausto Santos Jr. – União Brasil – Sim
Saullo Vianna – União Brasil – Ausente
Atila Lins – PSD – Ausente
Sidney Leite – PSD – Ausente