Redação Rios
MANAUS (AM) – Servidores de cargos estratégicos e de direção do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) são alvos da Operação Expurgare, realizada pela Polícia Federal (PF) no Amazonas, Pernambuco e Rondônia.
De acordo com as investigações, esses servidores utilizavam suas posições para facilitar práticas ilegais, como a emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão de multas e autorizações irregulares para desmatamento.
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Os envolvidos já haviam sido indiciados em 2019 durante a Operação Arquimedes, que investigou crimes semelhantes.
Nesta etapa, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisões preventivas, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal da Subseção Judiciária de Manaus, como parte das estratégias para desmantelar o esquema criminoso.
A Operação Expurgare é uma continuação da Operação Greenwashing. Nesta segunda-feira, 9/12, marca o Dia Internacional Contra a Corrupção.
A Operação
A Operação Greenwashing já havia revelado um esquema de fraudes fundiárias que se estendeu por mais de uma década e foi iniciado em Lábrea (AM), envolvendo a duplicação e falsificação de títulos de propriedade. Essas fraudes resultaram na apropriação ilegal de cerca de 538 mil hectares de terras públicas.
Entre 2016 e 2018, a organização criminosa expandiu suas atividades ilícitas, reutilizando títulos de propriedade e inserindo dados falsos no Sistema de Gestão Fundiária (SIGEF), com a colaboração de servidores públicos e responsáveis técnicos. Nos últimos três anos, uma nova expansão das atividades ilícitas do grupo ocorreu na região de Apuí (AM) e Nova Aripuanã (AM).
Por meio das medidas já implementadas, foi possível desarticular financeiramente a organização criminosa, que resultou na descapitalização de quase R$ 1 bilhão. A Polícia Federal reforça que operações como a Expurgare são fundamentais para combater a corrupção, proteger o meio ambiente e responsabilizar os envolvidos em atividades ilícitas.
Denúncias anônimas sobre os crimes em investigação podem ser encaminhadas por meio do canal https://forms.office.com/r/UBmPaNbDxM. A PF garante o sigilo absoluto e a proteção da identidade do denunciante.
Em nota, o Governo do Amazonas informou que “todos os servidores do Instituto de Proteção do Amazonas (Ipaam) envolvidos na operação foram exonerados e afastado (no caso de servidores de carreira do instituto) de seus cargos ainda na segunda-feira (09/12)”.
O órgão afirmou, ainda, que Rosa Mariette Oliveira Geissler, até então diretora técnica do órgão, assume, de forma interina, o cargo de diretora-presidente do Ipaam.
*Com informações da assessoria