Júlio Gadelha – Rios de Notícias
BRASÍLIA (DF) – A corrida pela presidência da Câmara dos Deputados, cuja eleição está marcada para fevereiro de 2025, já está em pleno andamento, com articulações e negociações intensas entre as principais forças políticas.
A sucessão de Arthur Lira (PP-AL) envolve principalmente o Republicanos e o PSD, enquanto os partidos buscam consolidar suas candidaturas e alianças. A desistência de Marcos Pereira (Republicanos-SP), anunciada na terça-feira, 3/9, reconfigurou o cenário.
O nome mais forte agora é o do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que conta com o apoio de Marcos Pereira e busca formar uma ampla coalizão com, pelo menos, oito siglas. Pereira declarou à CNN que as conversas estão avançadas com partidos como PT, PL, Republicanos, MDB, Podemos, PSDB, PDT e PSB, o que reforça a posição de Motta como favorito.
“Acho que a gente vai conseguir, pelas conversas que estamos tendo, trazer PT, PL, Republicanos, MDB, Podemos, PSDB, PDT, PSB”, declarou o líder do Republicanos, acrescentando que “as conversas estão bem encaminhadas”.
Hugo Motta tem também o respaldo do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e mantém boa relação com Ciro Nogueira (PP), ex-ministro e aliado de Jair Bolsonaro.
Motta surge como uma garantia de estabilidade tanto para o PL, que detém a maior bancada da Câmara, quanto para os governistas, que veem nele um nome capaz de replicar o consenso que elegeu Arthur Lira em 2023, com apoio de diferentes espectros políticos.
Nesta quinta-feira, 5, o PT sinalizou apoio ao nome de Motta. Segundo apuração da CNN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou em contato com a presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, para confirmar a viabilidade da candidatura de Motta entre a bancada petista.
Hoffmann garantiu que não haveria resistência ao nome dele, o que pode consolidar uma aliança que inclua PL e PT, os dois maiores partidos da Câmara.
Concorrência acirrada


A disputa, no entanto, não está resolvida. O líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), permanece na corrida, apesar da falta de apoio tanto do PT quanto do PL.
Paralelamente, o PSD, liderado por Gilberto Kassab, insiste na candidatura de Antônio Brito (PSD-BA). Os esforços agora se concentram em tentar convencer Elmar a desistir, na tentativa de unificar um único nome para a disputa.
Apesar do favoritismo de Hugo Motta para suceder Arthur Lira, as próximas semanas serão decisivas, com as lideranças de ambos os lados trabalhando para assegurar suas bases e garantir uma candidatura de consenso.












