Letícia Rolim – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – As investigações sobre o assassinato de Rafael Moura Cunha, de 40 anos, chegaram ao fim. A Polícia Civil identificou e prendeu os três envolvidos no crime que tirou a vida do proprietário do restaurante Fast Temaki, no conjunto Eldorado, bairro Parque Dez. As investigações revelaram que a motivação do crime foi a cobrança de uma dívida no valor de R$ 300 mil.
Julian Larry Barbosa Soares, sócio e acusado de ser o mandante, foi preso em abril de 2022. Sob a pressão dessa cobrança financeira, Julian teria tomado a decisão de pôr fim à vida de Rafael.
Rafael foi assassinado a tiros em dezembro de 2021, quando estava saindo do trabalho. Câmeras de segurança na região facilitaram a identificação dos envolvidos. Três indivíduos são apontados como participantes: o mandante, o intermediário e único que faltava ser preso, o executor do crime.
“Ele [Julian] contratou uma pessoa que se chama Alinelson, ex-presidiário, que fazia uso de tornozeleira eletrônica na época, motivo pelo qual ele terceirizou os serviços de Adriano Fogaça, então nós temos três personagens nesse crime”, explicou o delegado Ricardo Cunha.
A peça que faltava nesse quebra-cabeças resultou na prisão de Adriano Fogaça Almeida na última sexta-feira, 11/8, após uma abordagem da polícia em resposta a denúncias de assaltos na região.
“Adriano Fogaça é o executor desse crime, é a pessoa que aparece em imagens de câmeras de segurança efetuando os disparos que levaram a morte da vítima”, disse o delegado.
Mil reais pelo assassinato
Fogaça, durante o interrogatório, revelou detalhes do crime. Ele admitiu ter sido contratado para assassinar Rafael, porém, somente teria recebido uma quantia de R$ 1 mil devido à prisão do mandante e de outro envolvido, que o impediram de receber o pagamento completo. Fogaça também alega que o local do crime foi minuciosamente estudado e planejado.
“O Fogaça esclarece que participou de diversas reuniões, no sentido de estudar o local de trabalho da vítima, para identificar o veículo e identificar Rafael, revelando que eles prepararam esse crime. O Alinelson era o intermediário que repassou a arma de fogo para Fogaça e no dia do crime ele se posicionou em uma área escura, e no momento em que a vitima tentava entrar no carro, foi surpreendido com o Fogaça que efetuou diversos disparos”, detalhou Eduardo.
Alinelson que é o outro envolvido na morte de Rafael foi preso em março de 2022, sua prisão não foi divulgada para não atrapalhar as investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).