Vívian Oliveira – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Uma assembleia extraordinária foi convocada para tratar sobre a expulsão do policial civil Raimundo Nonato Machado e sua companheira Jussana Machado, de um condomínio localizado na Ponta Negra, zona Oeste de Manaus.
O casal está envolvido no espancamento de uma babá identificada como Cláudia e disparo de arma contra o advogado Ygor de Menezes Colares. O caso ocorreu na última sexta-feira, 18/8, e teve grande repercussão após os vídeos de câmeras de segurança e de pessoas que presenciaram as agressões serem divulgados.
Em comunicado assinado pela síndica do condomínio, os proprietários dos apartamentos foram convocados para assembleia geral para tratar sobre a pauta única: a expulsão de Raimundo Nonato Machado e Jussana Machado por comportamento antissocial.

Em entrevista exclusiva ao Portal RIOS DE NOTÍCIAS, uma moradora do condomínio onde ocorreram as transgressões, que preferiu não ser identificada por medo de represálias, presenciou parte do ocorrido e compartilhou sua perspectiva e informações sobre a convivência do casal no local.
“Ela já tem esse perfil. Não sei se é uma patologia ou desvio de conduta, mas existe essa repetição de fatos aí”.
Moradora do condomínio onde reside o casal agressor
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Ela ouviu o tiro e foi alertada por uma pessoa que trabalha em sua casa. O marido também desceu para prestar socorro, uma vez que conheciam as vítimas envolvidas.
“Uma pessoa que trabalha na minha casa viu tudo. Ela estava presente antes de acontecer a briga. No momento, ela percebeu a agressora saindo da administração que estava fazendo uma ocorrência sobre algum outro funcionário do condomínio que tinha feito alguma coisa que ela não tinha gostado”, relatou.
Segundo ela, quando a babá, identificada como Cláudia, passou pela portaria, Jussana correu atrás dela e começou as agressões sem provocação aparente. A entrevistada ressaltou que a babá não reagiu e que Jussana, praticante de artes marciais, partiu imediatamente para a agressão.
Comportamento agressivo
De acordo com a entrevistada, Jussana já teria agredido verbalmente a babá em outros momentos e contou o motivo dela chegar as vias de fato.
“A gente sabe por outros relatos anteriores é que ela, inclusive tem outras testemunhas, várias vezes xingou a babá gratuitamente, agrediu ela verbalmente, tomou satisfação dela na frente de outras babás sobre um fato que nunca aconteceu. O que se sabe é que havia tido uma discussão por parte dela [Jussana] porque simplesmente ela achou que fulano tava falando mal, a babá tava falando mal dela”
Moradora do condomínio onde reside o casal agressor
A moradora compartilhou que tanto Ygor Colares e a babá Cláudia eram pacíficos, enquanto a Jussana tinha um histórico de comportamento agressivo e de perseguição.
“O Ygor e a babá são pessoas super calmas, tranquilas, da minha convivência. Posso garantir que não teve motivação para isso. Agora do outro lado, infelizmente vocês viram a situação. Porque já existe um padrão de comportamento dela [Jussana]. Ela olha para a pessoa e não gosta por algum motivo, aí começa a perseguição. E isso não só com a babá, mas com outras pessoas lá também. Ela já tem esse perfil. Não sei se é uma patologia ou desvio de conduta, mas existe essa repetição de fatos aí”, descreveu.
Insegurança
A moradora mencionou que uma pequena nota foi enviada pela administração do condomínio aos moradores, em um grupo de Whatsapp, após pressão dos condôminos por respostas. De acordo com ela, a nota parecia subestimar a gravidade do incidente, deixando a impressão de que a situação estava sob controle.
“No dia do fato já houve muita omissão da parte do condomínio, porque tinha apenas um segurança na portaria, mas sem qualquer ação perceptível para conter a situação. A gente nem sabe se haviam outros naquele momento, se estavam fazendo outra coisa. Não pareceu que o condomínio estava ali para proteger, para ajudar, ou para prestar um socorro”, lamentou.
A testemunha também detalhou que após muita pressão e cobrança da administração, uma assembleia está prevista para ocorrer nos próximos dias, ainda que uma falta de posicionamento seja percebida.
“A gente só quer mais segurança em relação ao condomínio, porque é muito simples eles dizerem, ‘ah, a gente não pode intervir’. Mas, aí? A gente fica como?”, questionou.