Júlio Gadelha – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Entre as 51 cidades que tiveram segundo turno nas eleições de 2024, 13 registraram reviravoltas, em que o candidato que havia ficado em segundo lugar no primeiro turno acabou eleito prefeito. Essas viradas representaram 25,5% dos casos neste ano. Embora significativo, o índice não supera o de 2020, quando 29,8% das cidades tiveram reviravoltas no segundo turno.
O número de viradas pode cair para 12, pois a candidatura de Gustavo Martinelli, que venceu em Jundiaí (SP) após uma reviravolta, foi indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por improbidade administrativa. Martinelli recorreu da decisão.
Desde 1996, o Brasil registrou 350 disputas de segundo turno, e apenas 24,9% (87 casos) resultaram em viradas. A chance de reviravolta é ainda menor quando a diferença entre os candidatos é superior a 10 pontos percentuais, ocorrendo em apenas 26,4% dos segundos turnos nos últimos 28 anos.
Em 2024, cinco capitais tiveram viradas: Belo Horizonte (MG), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Palmas (TO) e Porto Velho (RO).
Casos “célebres” de viradas incluem Fortaleza (CE), onde Evandro Leitão (PT) superou André Fernandes (PL). Fernandes liderou o primeiro turno com 40,2% dos votos, contra 34,33% de Leitão, mas no segundo turno, Leitão conquistou 50,38% dos votos, vencendo por uma margem estreita, enquanto Fernandes ficou com 49,62%.
Em Goiânia (GO), Fred Rodrigues (PL) saiu à frente no primeiro turno com 31,14%, mas Mabel reverteu o cenário, conquistando a prefeitura com 55,53% no segundo turno, enquanto Rodrigues obteve 44,47%.
O segundo turno ocorre quando nenhum candidato alcança 50% + 1 dos votos válidos em municípios com mais de 200 mil eleitores. Este ano, 51 das 103 cidades aptas a segundo turno retornaram às urnas no domingo, 27 de outubro, para definir seus prefeitos.
*Com dados do Poder 360