Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – “São doentes”, afirmou a advogada Lidiane Roque, representante de Ademar Cardoso Neto e Cleusimar Cardoso, mãe e irmão de Djidja Cardoso, presos nessa quinta-feira, 30/5, juntamente com Veônica da Costa Seixas, gerente do salão de beleza Belle Femme.
As prisões aconteceram nesta quinta-feira após cumprimento de mandado de prisão preventiva expedido na quarta-feira, 29, pela central de plantão criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).
A polícia suspeita que a morte de Djidja, a ex-sinhazinha do garantindo, ocorrida na terça-feira, 28, seja resultado de overdose por ketamina, um forte anestésico.
Ainda segundo a advogada, os envolvidos até o momento não irão se pronunciar porque não possuem “condições”. Eles devem passar por audiência de custódia, na tarde desta sexta-feira, 31.
Além dos três presos, outros dois funcionários do Belle Femme, onde Djidja era sócia, Marlisson Vasconcelos Dantas (cabeleireiro) e Claudiele Santos da Silva (maquiadora), também tiveram a prisão preventiva decretada.
Claudiele se entregou no fim da tarde de quinta-feira acompanhada do advogado. No momento, apenas o cabeleireiro Marlisson Dantas não foi preso.
Acusações
As testemunhas do inquérito aberto afirmaram que eram obrigadas por Verônica e Marlisson a integrarem a “seita” e também a consumirem as drogas sintéticas, entre elas a Ketamina. Para a polícia, informaram que aquisição da substância, a ketamina, em uma clínica veterinária de Manaus. Segundo os acusados disseram a polícia, o uso da sustância “auxiliava a resolver os problemas”.
Outros familiares acusaram os parentes mais próximos de negar socorro a vítima, e incentiva a usar drogas, inclusive que faziam “rituais” com substâncias ilícitas.
“A Djidja morreu por omissão de socorro por parte da mãe dela e da turma do Belle Femme de Manaus. A casa dela na cidade nova se tornou uma Cracolândia. Toda vez que tentávamos internar a Djidja, éramos impedidos pela mãe e pela quadrilha de alguns funcionários que fazem parte do esquema deles. A mãe dela sempre dizia pra nós não interferirmos na vida deles e que ela sabia o que estava fazendo, ficamos de mãos atadas. E está do mesmo jeito lá, todos se drogando na casa dela”, diz um trecho da publicação no Facebook de Cleomar Cardoso, tia de Djidja.