Elen Viana – Rios de Notícias
MANAUS (AM) – Um outro deslizamento de terra foi registrado em setembro de 2023, em uma área próxima ao porto de Manacapuru, localizado a 98 quilômetros de Manaus, na época uma pessoa ficou ferida. Nesta última segunda-feira, 7/10, no porto da comunidade Terra Preta, foi registrado um novo deslizamento, onde o local ficou destruído.
No dia 11 de setembro do ano passado, um barranco desabou sobre um barco na margem do rio Solimões. Nos vídeos gravados pelos moradores, é possível ver momentos do acidente, com os flutuantes se movimentando, a correria das pessoas para fugir do local.
Um funcionário que trabalhava na embarcação e estava dentro do barco no momento da queda, ficou ferido.
Na época do acidente, o chefe da Defesa Civil do município, Daniel Aguiar, afirmou que a área já era monitorada e que após o incidente seria isolada para a segurança dos moradores.
“Esse funcionário estaria dentro do barco e agora a gente vai colher mais informações para realmente saber se ele estava lá, se conseguiu escapar. Temos algumas famílias no local e vamos precisar fazer essas remoções. Já falamos com o coordenador da secretaria de Educação aqui no município para transferirmos elas para uma escola próxima. Mas o procedimento é evacuação e isolamento da área”, afirmou ele.
Leia mais: Prefeitura diz que quatro pessoas estão desaparecidas após o deslizamento de terra em Manacapuru
Na segunda-feira, 7, o porto da comunidade Terra Preta desabou após um novo deslizamento de terra. O acidente causou o naufrágio de pelo menos cinco barcos na área, que é conhecida por abrigar diversos flutuantes e residências de famílias que dependem da atividade pesqueira.
Quatro pessoas continuam desaparecidas e outras sete ficaram feridas, precisando ser encaminhadas ao Hospital Regional Lázaro Reis.
De acordo com um relatório feito pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), aproximadamente 29 mil pessoas estão vivendo em áreas de risco no Amazonas, em locais onde podem ocorrer o fenômeno de terras caídas.
O Portal RIOS DE NOTÍCIAS entrou em contato com a Defesa Civil do Amazonas para pedir um esclarecimento sobre as áreas de risco que são monitoradas e auxílios para as pessoas afetadas. No entanto, a reportagem não recebeu resposta até a publicação desta matéria.